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Snowden diz que há "ameaças significativas" à sua vida

O ex-funcionário da NSA disse ter notícias de que funcionários do governo norte-americano desejam matá-lo por ter vazado documentos secretos


	Edward Snowden: "eu ainda estou vivo e não perco o sono pelo que fiz porque era a coisa certa a se fazer", disse
 (AFP)

Edward Snowden: "eu ainda estou vivo e não perco o sono pelo que fiz porque era a coisa certa a se fazer", disse (AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 07h00.

Berlim - O ex-prestador de serviço da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos Edward Snowden disse à TV alemã no domingo ter conhecimento de notícias dando conta de que funcionários do governo norte-americano desejam matá-lo por ter vazado documentos secretos sobre o monitoramento pela NSA de telefonemas e emails.

Numa entrevista descrita pela emissora pública alemã ARD como a primeira de Snowden para uma TV, o norte-americano também disse acreditar que a NSA monitorou outras autoridades do governo alemão, além da chanceler Angela Merkel.

Snowden disse à ARD que sente "ameaças significativas" à sua vida, mas afirmou que ainda assim dorme bem porque acredita que fez a coisa certa ao revelar as atividades da NSA ao mundo.

"Eu ainda estou vivo e não perco o sono pelo que fiz porque era a coisa certa a se fazer", disse Snowden no início da entrevista, que segundo a ARD teve seis horas de duração e foi gravada na suíte de um hotel de Moscou. A ARD transmitiu 40 minutos de entrevista.

Snowden referiu-se a uma reportagem de um site norte-americano que ele disse ter citado fontes anônimas do governo norte-americano afirmando que a vida dele estava em risco.

"Essas pessoas, e elas são funcionárias do governo, disseram que adorariam colocar uma bala na minha cabeça ou me envenenar quando eu sair do supermercado e depois me ver morrer no chuveiro", disse Snowden.

Snowden revelou em junho do ano passado a enorme dimensão do monitoramento de dados telefônicos e de emails da NSA no mundo todo. O norte-americano recebeu asilo na Rússia após fugir dos EUA, onde enfrenta acusações por ter vazado informações sobre as práticas de vigilância do governo.

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