Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que o ex-agente Edward Snowden, atualmente refugiado na Rússia, deve retornar e enfrentar a justiça nos Estados Unidos por revelar segredos do serviço de inteligência.
"Este homem traiu seu país", disse o chefe da diplomacia americana ao canal CBS News.
"Deve ter a coragem de retornar aos Estados Unidos", completou.
"Fez um dano muito significativo a seu país. Acredito que é um fato triste e infeliz", disse Kerry.
As declarações de Kerry são uma resposta à primeira entrevista de Snowden a um canal americano, exibida pela NBC, na qual o ex-técnico de informática relata como roubou e vazou documentos secretos que revelam o programa da Agência Nacional de Segurança (NSA) de espionagem telefônico e pela internet.
"Fui treinado como espião no sentido tradicional da palavra. Vivi e trabalhei como infiltrado no exterior, sob a fachada de um trabalho que na verdade não realizava. Inclusive utilizei um nome que não era o meu", disse Snowden, segundo um trecho da entrevista divulgado pela NBC.
Snowden revela que além da NSA, trabalhou como "especialista técnico" para a CIA e como "assessor" da agência de Inteligência da secretaria de Defesa (DIA, Pentágono).
"Não trabalhei com pessoas, não recrutei agentes, mas coloquei em funcionamento sistemas que trabalham para os Estados Unidos, e fiz isto em todos os níveis, do mais baixo ao topo", afirmou.
Snowden, que foi acusado nos Estados Unidos de espionagem, conseguiu asilo na Rússia em agosto de 2013, depois de provocar um grande abalo no sistema de inteligência americano com uma série de vazamentos sobre o programa de espionagem americano ao redor do mundo.
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1. O fim dos Estados Unidos como o conhecemos?
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1/10 (Getty Images)
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2. Cidadania americana
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2/10 (Ali al-Saadi/AFP)
Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998
Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999. Fonte:
Treasury Department/PolicyMic
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3. Mais idas que vindas
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3/10 (Getty Images)
Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.
Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países. Fonte:
UniGroup Relocation/Business Insider
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4. Sem religião
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4/10 (REUTERS/Lucas Jackson)
Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%. Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas
1 entre 20 não tinha religião. Em 2013,
1 entre 5. Fonte:
General Social Survey
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5. O melhor país do mundo
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5/10 (AFP)
50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.
Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores. Fonte:
Pew Research Center (2011)
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6. Orgulho da América
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6/10 (Stock.xchng)
2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte:
Public Religion Research Institute
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7. Determinismo americano
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7/10 (Jewel Samad/AFP)
Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte:
Pew Research
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8. Capitalismo x Socialismo
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8/10 (Joe Raedle/Getty Images)
Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria. Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010,
a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
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9. Senhores das armas
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9/10 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais. Jovens americanos
concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
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10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA
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10/10 (Alex Wong/Getty Images)