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Snowden corre perigo na Rússia, afirma advogado

Ex-consultor da inteligência americana Edward Snowden, refugiado na Rússia, ainda corre perigo, o que impede que sua família vá vê-lo, declarou seu advogado

Manifestantes com placas de Edward Snowden: "ex-colegas de Snowden poderiam aproveitar a chegada de seus pais para descobrir sua localização", disse advogado (John Macdougall/AFP)

Manifestantes com placas de Edward Snowden: "ex-colegas de Snowden poderiam aproveitar a chegada de seus pais para descobrir sua localização", disse advogado (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 10h24.

Moscou - O ex-consultor da inteligência americana Edward Snowden, refugiado na Rússia, ainda corre perigo, o que impede que sua família vá vê-lo, declarou seu advogado Anatoli Kucherena em uma entrevista publicada nesta segunda-feira.

"Ex-colegas de Snowden poderiam aproveitar a chegada de seus pais para descobrir sua localização. Tenho informações que não posso revelar segundo as quais o grau de perigo é muito alto", declarou Kucherena em uma entrevista ao semanário Itogui.

Edward Snowden não foi visto em público desde que a Rússia lhe concedeu no dia 1º de agosto asilo político por um ano, depois de ter passado um mês na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo de Moscou, onde chegou no dia 23 de junho procedente de Hong Kong.

Washington exigiu em várias ocasiões a extradição de Snowden, acusado de espionagem depois de revelar a existência de um amplo programa americano de vigilância das comunicações em nível mundial.

O advogado do ex-consultor de inteligência disse que seu cliente tem guarda-costas particulares, mas "isso não resolve os problemas de segurança".

No entanto, Kucherena afirmou que Snowden passeia "livremente pelas ruas".

"Se tivesse passado por aqui, não o teriam reconhecido. Basta se vestir de outra maneira e mudar um pouco sua aparência", afirmou.

O advogado também declarou que Edward Snowden revelou apenas "uma pequena parte das informações que possui" e acrescentou que não foi requerido pelos serviços secretos russos.

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