Dissidentes chineses pedem libertação de Liu Xiaobo em Taipei: "seguimos observando uma deterioração da situação global dos Direitos Humanos na China", declarou secretária de Estado (Sam Yeh/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2013 às 11h03.
Pequim - A situação dos direitos humanos piora na China, onde os militantes a favor das liberdades fundamentais e seus familiares são vítimas da repressão das autoridades, afirmou nesta sexta-feira em Pequim uma funcionária americana de alto escalão.
"Seguimos observando uma deterioração da situação global dos Direitos Humanos na China", declarou aos jornalistas Uzra Zeya, secretária de Estado adjunta para a democracia, os direitos humanos e o trabalho.
Zeya citou o caso das famílias do prêmio Nobel da Paz detido Liu Xiaobo e do militante cego Chen Guangcheng (refugiado nos Estados Unidos), que continuam sendo perseguidas na China. Liu Xia, a esposa de Liu Xiaobo, encontra-se em prisão domiciliar sem ter sido acusada de nenhum crime.
"Trata-se de uma tendência preocupante, sobre a qual informamos integrantes do alto escalão do governo chinês", comentou a funcionária americana.
Uzra Zeya encontra-se na China na liderança de uma delegação que participou nesta semana em Kunming (sudoeste) de dois dias de negociações com autoridades chinesas.
Este diálogo sino-americano sobre os direitos humanos é realizado de forma não regular, em função do estado das relações bilaterais.
Segundo Zeya, a avaliação americana negativa sobre direitos humanos na China também se baseia nas políticas chinesas contra algumas minorias étnicas, "especialmente as medidas repressivas destinadas às práticas religiosas" dos tibetanos budistas e dos uigures muçulmanos.
Washington acusa frequentemente a China de graves descumprimentos dos direitos humanos. Pequim responde sistematicamente a estas críticas lamentando a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos com a publicação de seu próprio relatório.