Com relação às queixas apresentadas pela oposição de que pessoas ligadas à campanha de Nicolás Maduro teriam a senha que inicializa as urnas eletrônicas, Chaco disse que o tema foi superado (REUTERS/Miraflores Palace)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2013 às 19h32.
Caracas - A missão de acompanhamento eleitoral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) disse hoje (12) que o sistema eleitoral da Venezuela é confiável, seguro e inviolável.
A avaliação foi feita pelos observadores do organismo após auditorias e reuniões, feitas ao longo da semana, com funcionários do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e com coordenadores de campanha dos principais candidatos à presidência do país. No domingo (14), os venezuelanos vão escolher o novo presidente.
O chefe da missão, Carlos Chaco Alvarez, disse que foi verificado o mesmo padrão utilizado na disputa presidencial de outubro do ano passado. “O sistema eleitoral oferece garantias na identificação dos eleitores, segredo de voto e a possibilidade de auditoria posterior com a impressão dos votos computados pelas urnas eletrônicas”, destacou Chaco.
Segundo a Unasul, amanhã (13), 40 fiscais da missão viajarão a nove estados venezuelanos para acompanhar a votação de domingo. Ao todo, 18.903.143 de eleitores estão habilitados a votar em 39.322 mesas de votação, em 13.810 centros de votação (sessões eleitorais).
Com relação às queixas apresentadas pela oposição, no começo da semana, de que pessoas ligadas à campanha de Nicolás Maduro, candidato do governo, teriam a senha que inicializa as urnas eletrônicas, Chaco disse que o tema foi superado. “Ficou comprovado que essa senha não interfere nos resultados e que tanto os fiscais opositores, quanto os do governo têm conhecimento deste número”, explicou.
O chefe da missão observa que com a disputa acirrada entre os candidatos - Henrique Capriles e Nicolás Maduro - e com expressivo nível de polarização, o sistema eleitoral no país funciona com a garantia de que a vontade da maioria prevalecerá no domingo. “A Venezuela decidiu construir um sistema eleitoral confiável para que o eleitor participe sabendo que o resultado será a expressão do que as pessoas escolherem”, conclui Chaco.
No ano passado, 81% dos eleitores votaram no pleito, que elegeu Hugo Chávez, que morreu no mês passado. Ele lutava contra um câncer.