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Sistema de mísseis SAM pode derrubar avião, dizem analistas

Um avião comercial poderia ser derrubado por sistemas de mísseis SAM terra-ar, de acordo com especialistas


	Avião MH-17 da Malaysia Airlines: aeronave foi supostamente derrubada por míssil
 (Yaron Mofaz/Reuters)

Avião MH-17 da Malaysia Airlines: aeronave foi supostamente derrubada por míssil (Yaron Mofaz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 08h57.

Londres - Um avião comercial que voe cerca de 10 mil metros de altura, como é o caso do avião malaio que caiu na Ucrânia, poderia ser derrubado por sistemas de mísseis SAM terra-ar, segundo especialistas da revista de defesa "Jane's".

O voo da Malaysia Airlines MH17, que fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, caiu na região ucraniana de Donetsk, derrubado supostamente por um míssil, matando 298 pessoas.

Para atacar um avião que voe a uma altura de cruzeiro seria necessário utilizar sistemas de mísseis SAM, como o Kub ou o Buk, segundo o diretor da área de mísseis e foguetes de Jane's, Doug Richardson.

O sistema Kub (conhecido no Ocidente como SA-6 "Gainful") pode servir para alvos que estejam a uma altura de 8.000 metros, por isso que não poderia atingir a altura do voo MH17, segundo o especialista.

No entanto, o Buk (também chamado no Ocidente como SA-11 "Gadfly") pode atingir um objetivo que esteja a cerca de 22 mil metros de altura, acrescentou Richardson.

Os especialistas apontam para a possibilidade de ter sido utilizado o Buk no caso do avião malaio.

Esse sistema - segundo a "Jane's" - consiste em um radar, que ajuda a transmitir a posição de um alvo aéreo; um veículo e um ou mais lançadores, cada um destes armado com quatro mísseis.

Em uma operação, esses elementos operam como um sistema de armamento integrado e é muito provável que a tripulação do veículo conheça a atividade aérea do lugar.

Para operar o sistema Buk se requer uma tripulação treinada, de acordo com a publicação.

Os sistemas de defesa antiaérea Buk são fabricados pela empresa russa Almaz-Antei, incluída esta semana na nova lista de sanções por Washington contra companhias do setor estatal russo por causa do conflito armado no leste da Ucrânia.

Segundo diz a empresa, os Buk têm uma capacidade de alcance de alvos aerodinâmicos a uma altura de 25 quilômetros e podem disparar contra 24 alvos simultaneamente.

O procurador-geral da Ucrânia, Vitali Yarema, confirmou hoje que os separatistas pró-russos não se apoderaram de seus sistemas de defesa antiaérea Buk que supostamente poderiam ter sido utilizados ontem para derrubar o avião malaio que caiu sobre Donetsk, no leste do país.

"Depois que o avião foi derrubado, os militares informaram ao presidente (ucraniano, Petro Poroshenko) que os terroristas não dispõem de nossos sistemas Buk e S300. Não se apoderaram dessas armas", assegurou Yarema ao jornal eletrônico "Ukrainskaya Pravda".

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