Herman Van Rompuy: os líderes comunitários reconhecem a principal plataforma opositora, o Conselho Nacional Sírio, como um 'representante legítimo dos sírios' (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2012 às 09h45.
Bruxelas - A cúpula da União Europeia pediu nesta sexta-feira que os responsáveis pelas 'atrocidades' durante a repressão na Síria respondam por seus atos perante a justiça, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
O Conselho Europeu está 'decidido de que os responsáveis pelas atrocidades cometidas na Síria prestem contas de suas ações' e ajudará a 'documentar estes horríveis crimes', diz o texto elaborado pelos líderes comunitários e lido por Van Rompuy em entrevista coletiva no final da cúpula.
Após o violento assédio e ocupação da cidade de Homs pelo Exército sírio nos últimos dias, os chefes de Estado e Governo da União Europeia acordaram nesta sexta-feira continuar endurecendo as sanções contra a Síria enquanto não seja detida a repressão por parte do Governo de Bashar al Assad.
A cúpula pediu aos analistas que preparem novas medidas contra as autoridades de Damasco, para sua próxima aprovação.
Estas medidas se unirão a uma série de sanções já em vigor, entre as quais destacam um embargo às importações de petróleo, um veto parcial ao Banco Central e castigos a mais de 100 indivíduos.
'O Conselho Europeu confirma seu compromisso para aumentar a pressão sobre o regime sírio enquanto continuarem a violência e os abusos dos direitos humanos', diz o texto, que ressalta que os responsáveis por esses crimes devem prestar contas de seus atos.
Os 27 voltam a pedir em sua declaração a renúncia de Assad e oferecem sua ajuda à Síria assim que começar uma transição democrática.
Além disso, os líderes comunitários reconhecem a principal plataforma opositora, o Conselho Nacional Sírio, como um 'representante legítimo dos sírios', como fizeram esta semana os titulares de Relações Exteriores.
Ao mesmo tempo, os líderes reivindicam mais unidade a todos aqueles que buscam uma 'nova Síria' pela via pacífica.