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Turquia bombardeia posições curdas no norte de Aleppo

De acordo com a ONG, é a mais forte ofensiva da Turquia contra essas áreas desde que começou a atacar as suas posições há dias.


	Aleppo: os avanços das forças curdas alarmam a Turquia que faz bombardeios desde sábado
 (Abdalrhman Ismail / Reuters)

Aleppo: os avanços das forças curdas alarmam a Turquia que faz bombardeios desde sábado (Abdalrhman Ismail / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 08h00.

A Turquia bombardeou na noite dessa quinta-feira (18) zonas controladas pelos curdos no norte da província de Aleppo, no Norte da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

De acordo com a organização não governamental, é a mais forte ofensiva da Turquia contra essas áreas desde que começou a atacar as suas posições há dias.

O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, disse à agência France Presse que os ataques aéreos visaram ao reduto curdo de Afrin e não apenas às zonas controladas recentemente pelas Forças Democráticas Sírias, uma coligação árabe-curda dominada pelas Unidades de Proteção do Povo (YPG, o braço armado do Partido da União Democrática, principal formação política dos curdos da Síria).

Apoiadas pelos foguetes aéreos russos, as Forças Democráticas Sírias assumiram o controle de diversas localidades que estavam nas mãos dos rebeldes no norte da província de Aleppo, próximo da fronteira turca.

Os avanços das forças alarmam a Turquia que faz bombardeios desde sábado (13).

Ancara lançou ataques pela primeira vez, nessa quinta-feira, contra Afrin, área ocidental curda, onde dois civis morreram e 28 ficaram feridos, segundo Abdel Rahmane.

A província de Aleppo está atualmente controlada por diversos grupos a partir da fronteira turca: os rebeldes estão ao norte, confrontados com os curdos mais ao sul.

Estão também presentes as forças pró-regime que controlam a maioria do sul da província, enquanto o grupo jihadista Estado Islâmico controla os setores a leste.

Segundo o OSDH, os novos combatentes pertencem a um mosaico de grupos rebeldes e islamitas, entre elas a Faylaq Al Cham (Legião do Levante).

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