Exército da Síria (Rodi Said/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de janeiro de 2018 às 18h27.
Cairo, 1 jan (EFE).- Pelo menos 1.939 pessoas, 700 delas civis, morreram em dezembro deste ano na guerra na Síria, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que ressaltou que este é o número mais baixo de mortos em um mês em 2017, segundo seus cálculos.
A ONG, com sede em Londres e que conta com uma rede de voluntários em todo o país, acrescentou que mais de 65% das vítimas civis morreram em bombardeios aéreos lançados por "aviões do regime sírio e da Rússia" contra várias áreas do país.
O Observatório detalhou em um comunicado que 178 dos mortos em dezembro eram menores de idade e que 130 eram mulheres.
Do total de civis, 66 morreram em ataques de artilharia, mísseis e projéteis das forças leais a Damasco. Outras 47 pessoas perderam a vida em ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Além disso, cinco pessoas foram executadas extrajudicialmente pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e 22 morreram em explosões de carros-bomba e cargas explosivas.
Por outra parte, a ONG indica que em dezembro morreram 191 combatentes das forças do presidente sírio, Bashar al Assad, e 235 sírios de distintas forças e milícias pró-governamentais. Também morreram 13 combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah e outros 79 de diferentes nacionalidades.
O Observatório cifrou ainda em 307 o número de mortos entre combatentes do EI, da ex-filial da Al Qaeda na Síria e outras fações islamitas, e em 406 os membros de fações rebeldes e das Forças da Síria Democrática (FSD) - aliança liderada por milícias curdas - e outros movimentos que também morreram em combates.
Em setembro deste ano, pelo menos 3.055 pessoas morreram na guerra na Síria, e, segundo o Observatório, esse foi o mês com a cifra mais alta de mortes em 2017.
A Síria sofre desde março de 2011 um conflito que deixou mais de 320.000 mortos, segundo a contagem da ONG. EFE