Combatente do grupo rebelde islâmico sírio al-Nusra é visto em frente a um veículo em chamas após suposto ataque de aviões da Força Aérea Síria (Hamid Khatib/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2013 às 09h05.
Beirute - A Síria quer detalhes sobre a conferência de paz, promovida pelos EUA e Rússia, antes de decidir se participará e disse que o papel do presidente Bashar al-Assad diz respeito "apenas ao povo sírio e às urnas", afirmou um ministro.
O ministro da Informação sírio, Omran Zoabi, disse que a Síria saudou a proposta, mas "não será de forma alguma uma festa ... uma reunião que prejudique, direta ou indiretamente, a soberania nacional", segundo informou na terça-feira a agência de notícias estatal Sana.
A saída de Assad é uma demanda da oposição desde que a revolta começou há dois anos, e os esforços de paz anteriores chegaram a um impasse também pela falta de definição sobre o futuro papel de Assad.
As declarações de Zoabi, que estão em linha com a política de longa data da Síria, reduziram as expectativas com relação à proposta da conferência que ainda deve ser acordada por ambos os lados envolvidos na guerra. A agência Sana disse que Zoabi falou durante entrevista na segunda-feira à rede de tevê do grupo militante libanês Hezbollah, a Al-Manar.
O ministro disse que a Síria quer uma solução política, mas que os esforços internacionais também devem tratar dos "terroristas", um termo que o governo sírio usa para se referir aos combatentes rebeldes.
Mais de 80.000 pessoas foram mortas durante a guerra. Segundo grupos de direitos humanos anti-Assad, há ainda milhões de sírios refugiados.