Mundo

Síria expulsa três trabalhadores humanitários da ONU

A expulsão tornará mais difícil a negociação do envio de ajuda humanitária; nenhuma ajuda alimentícia alcança as áreas controladas pelo EI desde dezembro

12,2 milhões de sírios necessitam de ajuda, segundo a ONU, mas 40% deles (4,8 milhões) têm dificuldades para consegui-la (AFP/ Khalil Mazraawi)

12,2 milhões de sírios necessitam de ajuda, segundo a ONU, mas 40% deles (4,8 milhões) têm dificuldades para consegui-la (AFP/ Khalil Mazraawi)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 16h34.

Nova York - A Síria expulsou três trabalhadores humanitários das Nações Unidas, em um novo retrocesso para as agências internacionais que lutam para levar ajuda aos civis que vivem em países que sofrem com a guerra.

Dois dos três expulsos trabalham no Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), e o terceiro para a Unicef (Fundo para a Infância das Nações Unidas).

"Desalojaram o pessoal do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários. É o que entendemos mas estamos buscando mais informações e a confirmação do fato por parte do governo", informou a porta-voz do escritório, Amanda Pitt, à AFP.

Pitt afirmou que os funcionários estavam trabalhando em operações de ajuda na Síria, e não está claro se já deixaram o país.

A Unicef anunciou a expulsão de um de seus funcionários que trabalhava na região de Aleppo (norte) ajudando "as crianças necessitadas".

Os trabalhadores humanitários expulsos são "funcionários da ONU em um papel essencial", afirmou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric. "Isto terá um impacto importante na nossa atividade local e na nossa capacidade de negociar o envio de ajuda humanitária", completou.

Um total de 12,2 milhões de sírios necessitam de ajuda, de acordo com a Organização das Nações Unidas, mas 40% deles (4,8 milhões) têm dificuldades para consegui-la.

A ONU tem acusado em várias ocasiões o governo de bloquear os envios de ajuda humanitária, enquanto nenhuma ajuda alimentícia alcança as áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico desde dezembro.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoONUSíria

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA