12,2 milhões de sírios necessitam de ajuda, segundo a ONU, mas 40% deles (4,8 milhões) têm dificuldades para consegui-la (AFP/ Khalil Mazraawi)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 16h34.
Nova York - A Síria expulsou três trabalhadores humanitários das Nações Unidas, em um novo retrocesso para as agências internacionais que lutam para levar ajuda aos civis que vivem em países que sofrem com a guerra.
Dois dos três expulsos trabalham no Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), e o terceiro para a Unicef (Fundo para a Infância das Nações Unidas).
"Desalojaram o pessoal do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários. É o que entendemos mas estamos buscando mais informações e a confirmação do fato por parte do governo", informou a porta-voz do escritório, Amanda Pitt, à AFP.
Pitt afirmou que os funcionários estavam trabalhando em operações de ajuda na Síria, e não está claro se já deixaram o país.
A Unicef anunciou a expulsão de um de seus funcionários que trabalhava na região de Aleppo (norte) ajudando "as crianças necessitadas".
Os trabalhadores humanitários expulsos são "funcionários da ONU em um papel essencial", afirmou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric. "Isto terá um impacto importante na nossa atividade local e na nossa capacidade de negociar o envio de ajuda humanitária", completou.
Um total de 12,2 milhões de sírios necessitam de ajuda, de acordo com a Organização das Nações Unidas, mas 40% deles (4,8 milhões) têm dificuldades para consegui-la.
A ONU tem acusado em várias ocasiões o governo de bloquear os envios de ajuda humanitária, enquanto nenhuma ajuda alimentícia alcança as áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico desde dezembro.