Mundo

Síria: EUA pensaria em intervenção em caso de armas químicas

Pressionado pelos jornalistas, Obama lembrou que a situação na Síria é "muito instável"

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 17h02.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou nesta segunda-feira que qualquer movimento de armas químicas na Síria teria "enormes consequências" e faria com que seu governo considerasse uma ação militar no país, possibilidade até agora descartada.

"Deixamos bem claro que para nós há algo que seria decisivo, caso vejamos que as armas químicas caem nas mãos das pessoas erradas. Isso mudaria significativamente minha avaliação (da situação)", disse Obama em aparição surpresa na sala de imprensa da Casa Branca.

"Até agora não ordenamos uma ação militar no país, mas há algo que é crítico para nós, e isso é a questão das armas químicas", insistiu o líder.

Pressionado pelos jornalistas, Obama lembrou que a situação na Síria é "muito instável", por isso não está "absolutamente seguro" que recorreria à força militar perante um movimento do arsenal químico sírio.

O presidente americano lamentou que seu colega sírio, Bashar al Assad, tenha "duplicado a violência" sobre seu povo, e admitiu que "neste ponto, a possibilidade de aterrissar rápido" em uma transição política para o país "parece bastante distante".

O governo de Obama manteve durante meses uma pressão diplomática e financeira para forçar a saída de Assad do poder, complementada com uma assistência não-militar à oposição estimada em US$ 25 milhões, e uma assistência humanitária à população que já chega a US$ 76 milhões.

Segundo relatório publicado em julho pelo "The Wall Street Journal", a Síria começou a mover para outros locais parte de seu arsenal de armas químicas, embora o Executivo americano afirme que, por enquanto, não viu nenhum sinal que confirme a hipótese. 

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDitaduraPersonalidadesPolíticosPrimavera árabeSíria

Mais de Mundo

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história