Os confrontos entre o governo e os rebledes aumentou nos últimos dias na Síria (Joseph Eid/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 16h57.
Damasco - Desertores mataram sete membros das forças de segurança em represália pela morte nesta terça-feira de 11 civis na Síria, onde a repressão da atual revolta popular contra o regime de Bashar al Assad deixou ao menos 5.000 mortos, segundo a ONU.
Sete membros das forças de segurança sírias foram mortos nesta terça-feira por soldados dissidentes na província de Idleb (noroeste), perto da fronteira turca, informou o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Os confrontos sangrentos entre o exército e desertores multiplicaram-se nas últimas semanas.
"Este ataque é a resposta pela morte de 11 civis nas mãos das forças de segurança e dos shabiha", as milícias leais ao regime, em Idleb, afirmou o OSDH, com sede na Grã-Bretanha.
O OSDH anunciou anteriormente a morte de 11 pessoas nesta terça-feira na província de Idleb, como consequência de disparos das forças de segurança e milícias leais ao regime de Assad.
Nessa mesma província, as autoridades anunciaram na terça-feira que dois "membros de um grupo terrorista" proveniente da fronteira com a Turquia foram mortos por guardas fronteiriços sírios.
Um diplomata turco negou que Ancara teria autorizado ataques desse tipo. "A Turquia jamais autoriza nenhum ataque contra outros países ou vizinhos a partir de seu território", disse nesta terça-feira à AFP.
No entanto, na Turquia reside o coronel Riad al Asaad, chefe do Exército Livre Sírio (ELS), que há várias semanas ataca as forças armadas e de segurança sírias e as milícias leais a Bashar al Assad.