Síria: a guerra na Síria causou a morte de mais de 130.000 pessoas em quase três anos, e obrigou milhões de pessoas a deixarem suas casas (Ayham Bek/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 14h13.
Sessenta e três pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram por falta de comida e cuidados médicos no campo de refugiados palestinos de Yarmuk, no sul de Damasco, indicou nesta sexta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Enquanto isso, na frente de combate, os bombardeios continuam na Síria, segundo o OSDH, paralelamente as negociações de paz entre representante do regime sírio e da rebelião em Genebra, que se recusam a sentar-se à mesma mesa.
"O número de pessoas mortas no campo de Yarmuk devido a falta de comida e de medicamentos chega a 63", informou a ONG, com sede no Reino Unido.
O campo de Yarmuk, assim como várias outras regiões em toda a Síria controladas dos rebeldes, está, desde junho, sob o cerco do exército sírio, que impede a entrada de ajuda humanitária.
As condições no campo de refugiados piorou nos últimos meses e no sábado passado um carregamento de alimentos chegou pela primeira vez desde setembro de 2013, indicou a mesma fonte.
A responsável pelos direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, advertiu que os entraves impostos pelas forças governamentais à chegada de ajuda aos refugiados de Yarmuk, podem constituir um crime de guerra.
Em Homs, no centro da Síria, centenas de famílias estão cercadas há 600 dias em bairros controlados pelos rebeldes. Esses bairros são alvos de bombardeios e a comida começa a faltar.
A guerra na Síria causou a morte de mais de 130.000 pessoas em quase três anos, e obrigou milhões de pessoas a deixarem suas casas.