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Sínodo pede presença de mulheres em todos os níveis e decisões da Igreja

O documento de 60 páginas contém 167 pontos, que foram aprovados neste sábado, um por um, pelos 149 chamados padres sinodais

Vaticano: "Emerge entre os jovens o pedido para que haja maior reconhecimento e valorização das mulheres na sociedade e na Igreja" (Franco Origlia/Getty Images)

Vaticano: "Emerge entre os jovens o pedido para que haja maior reconhecimento e valorização das mulheres na sociedade e na Igreja" (Franco Origlia/Getty Images)

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EFE

Publicado em 27 de outubro de 2018 às 19h00.

Cidade do Vaticano - O documento final do Sínodo dos bispos que abordou o tema dos jovens durante todo o mês de outubro inclui um pedido para que as mulheres estejam presentes em todos os níveis e na tomada de decisões da Igreja Católica.

O documento de 60 páginas contém 167 pontos, que foram aprovados neste sábado, um por um, pelos 149 chamados padres sinodais e todos eles com a maioria de dois terços necessária, segundo as regras do Sínodo.

Um desses pontos traz o debate que surgiu desde que começou a assembleia, onde o número de mulheres representava apenas 10% dos participantes e nenhuma delas tinha direito a voto.

"Emerge entre os jovens o pedido para que haja maior reconhecimento e valorização das mulheres na sociedade e na Igreja", diz o ponto 55 do documento.

"A ausência da voz e do olhar feminino empobrece o debate e o caminho da Igreja, subtraindo ao discernimento uma valiosa contribuição", segundo o documento.

Diante disso, o Sínodo recomenda "que todos sejam conscientes da urgência de uma mudança inevitável, a partir de uma reflexão antropológica e teológica sobre a reciprocidade entre homens e mulheres".

Além disso, o documento pede a "presença feminina nos órgãos eclesiais em todos os níveis, também interino de responsabilidade, e da participação feminina nos processos de tomada de decisão eclesial".

"Trata-se de um dever de justiça, que encontra inspiração tanto no modo no qual Jesus se relacionou com os homens e as mulheres de seu tempo, assim como a importância de algumas figuras femininas na Bíblia e na Igreja", de acordo com o documento.

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