Mundo

Sindicatos sul-africanos iniciarão greve em estatal elétrica

Johanesburgo - Um sindicato representando milhares de trabalhadores sul-africanos da estatal elétrica Eskom obteve nesta quinta-feira o direito de iniciar uma greve que pode interromper o fornecimento de energia e prejudicar a indústria e a mineração durante a Copa do Mundo. O Sindicato Nacional de Mineradores (NUM, na sigla em inglês) disse ter recebido um […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2010 às 17h04.

Johanesburgo - Um sindicato representando milhares de trabalhadores sul-africanos da estatal elétrica Eskom obteve nesta quinta-feira o direito de iniciar uma greve que pode interromper o fornecimento de energia e prejudicar a indústria e a mineração durante a Copa do Mundo.

O Sindicato Nacional de Mineradores (NUM, na sigla em inglês) disse ter recebido um certificado de não-resolução da disputa salarial com a Eskom que, segundo a lei do país, permite ao sindicato iniciar uma greve se seus membros concordarem.

A Eskom disse que uma greve seria ilegal porque ameaçaria um serviço essencial e que a permissão de paralisação não significa que os trabalhadores cruzarão os braços.

Analistas veem a ameaça como um meio de pressionar a Eskom a fazer mais concessões de salários e benefícios e não creem que a ação vá adiante.

"O maior custo do impasse provavelmente recairá sobre o balanço de pagamentos da Eskom e implicará em uma ampliação das finanças públicas", disse a analista para África Anne Fruhauf, do Eurasia Group, em comunicado.

Lesiba Seshoka, porta-voz da NUM, disse à Reuters em particular que o sindicato em breve solicitará que seus membros votem para decidir a greve, mas não forneceu uma data.

Trabalhadores sul-africanos já lançaram uma série de ameaças de suspender o serviço de transporte, abandonar postos de segurança e atrasar o serviço de imigração nos aeroportos durante o Mundial se suas exigências de melhores salários e condições de trabalho não fossem contempladas.

Excetuando-se algumas interrupções nos transportes, essas ações até agora não se materializaram.

O NUM, que representa cerca de metade dos 32 mil funcionários da Eskom, reduziu seu pedido de aumento de mais de três vezes a taxa de inflação de 4,6 por cento para 9 por cento. Os sindicatos também querem a introdução de um auxílio-moradia.

A Eskom ofereceu um aumento de 8 por cento e um pagamento único de auxílio-moradia.

É improvável que uma greve durante a Copa prejudique o fornecimento de energia para os estádios que têm geradores a diesel, mas pode enfurecer milhões de espectadores que assistem aos jogos na TV.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulGrevesSindicatos

Mais de Mundo

Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

'Não sou antivacina', diz Robert Kennedy Jr. no Senado americano

Governo Trump desiste de corte de repasses que barrou ao menos US$ 1 trilhão em recursos

Indicado de Trump diz que grandes tarifas sobre o México serão decididas em abril