A passagem passou neste mês de 1,10 peso para 2,50 pesos (AFP/Arquivo / Juan Mabromata)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2012 às 00h59.
Buenos Aires - Representantes de um sindicato de transporte iniciarão nesta sexta-feira uma greve de dois dias no metrô de Buenos Aires, no auge do confronto entre o governo da capital e a administração nacional pela gestão do serviço, informaram fontes sindicais.
A Associação dos Metroviários (Agtsyp) iniciou hoje às 21h locais (mesma de Brasília) uma greve nas seis linhas do metrô por 48 horas, enquanto a União de Transporte Urbano Automotor (UTA) suspendeu uma medida de força similar que previa fazer a partir de segunda-feira por 72 horas.
Os sindicatos convocaram a greve, que afetará milhares de usuários, para reivindicar um aumento salarial de 28%, entre outros pedidos.
O secretário da Agtsyp, Norberto Pianelli, afirmou a jornalistas que estão dispostos a abrir as negociações com as autoridades e com a empresa Metrovías, a concessionária do serviço.
'Vamos estar com a medida de força, dispostos a sentar e negociar durante todo o fim de semana. Mas, na segunda-feira isto será um caos', advertiu.
O metrô é o eixo de um conflito entre o prefeito de Buenos Aires, o conservador Mauricio Macri, e o governo da presidente Cristina Kirchner, mas o prefeito pede ao Estado que mantenha os milionários subsídios que destinava ao serviço.
Em declarações à imprensa local, o secretário argentino de Transporte, Alejandro Ramos, pediu nesta sexta a Macri que 'trabalhe para que estas interrupções não aconteçam', enquanto o chefe de Gabinete de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, considerou que as negociações salariais são 'um assunto do Ministério do Trabalho'.
Em maio passado ambos agrupamentos sindicais fizeram uma greve de 36 horas que afetou um milhão de usuários que utilizam o metrô diariamente e provocou um caos na cidade.