(Thomas Peter/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de março de 2019 às 20h56.
Buenos Aires - A Associação de Pilotos de Linhas Aéreas da Argentina (APLA) decidiu nesta segunda-feira orientar seus filiados a não voarem em aviões 737 MAX da Boeing por entender que as autoridades locais não deram garantias sobre a segurança dessas aeronaves após o acidente registrado ontem na Etiópia.
Em comunicado, o sindicato informou que "em proteção pela segurança das operações", a orientação é que os pilotos não operem os modelos 737 MAX da frota da Aerolíneas Argentinas.
A Ethiopian Airlines suspendeu hoje o uso do Boeing 737 MAX 8 após um das aeronaves da companhia ter caído ontem pouco depois de decolar, matando as 157 pessoas que estavam a bordo.
Em outubro do ano passado, outro Boeing 737 MAX 8, da Lion Air, caiu no Mar de Java matando 189 pessoas pouco depois de decolar do aeroporto de Jacarta. Na ocasião, a caixa-preta revelou erros no sistema automático da aeronave.
A Aerolíneas Argentinas tem cinco aviões desse modelo e decidiu que, por enquanto, eles seguirão sendo utilizados. No entanto, a APLA vai recorrer à Administração Nacional de Aviação Civil (Anac) e à própria companhia para adotar medidas preventivas para garantir a segurança das tripulações e dos passageiros.
"Infelizmente, apesar da urgência do caso, até o momento não recebemos resposta alguma", criticou o sindicato.
Pela falta de resposta, a APLA orientou que os filiados que trabalham para a Aerolíneas Argentinas não pilotem as aeronaves 737 MAX até que recebam informações e garantias de que não há risco.
Segundo a APLA, as decisões tomadas por outras companhias aéreas de suspender as operações com esse modelo mostram que a Aerolínas Argentina deveria tomar atitude similar como forma de prevenção.
A Aerolíneas Argentinas foi a primeira empresa aérea da América Latina a utilizar o Boeing 737 MAX 8. Na época, a companhia anunciou que pretendia ter 12 aeronaves do modelo para realizar voos domésticos e para o Caribe.