Manifestantes chegam em frente ao Parlamento, em Atenas, mês passado: nova convocação em julho (Milos Bicanski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2011 às 16h38.
São Paulo - O GSEE, sindicato dos trabalhadores do setor privado da Grécia, convocou para o próximo dia 15 uma greve geral em protesto contra as mais recentes medidas de austeridade fiscal anunciadas pelo governo. O sindicato informou ainda que no dia 9 haverá paralisação em todas as empresas que Atenas pretende privatizar.
O anúncio ocorre alguns dias antes de a Grécia anunciar bilhões de euros em cortes de gastos e aumentos de impostos num esforço para reduzir o déficit fiscal e em um momento no qual o governo avança com seus planos para a venda de 50 bilhões de euros em patrimônio do Estado ao longo dos próximos anos.
"As medidas preveem ataques selvagens aos contribuintes, cortes nos direitos sociais e de pensão dos trabalhadores, anulação das leis trabalhistas e, claro, a venda de patrimônio público em liquidação", disse o presidente GSEE, Yannis Panagopoulos.
"No dia 9 de junho haverá paralisação em todas as companhias prestes a serem privatizadas. Para o dia 15 do mesmo mês nós recomendamos, e uma decisão será tomada sobre, uma greve geral", acrescentou Panagopoulos.
A decisão final sobre a greve do dia 15 é esperada para a próxima semana, quando o conselho executivo do GSEE coordenará as ações com a direção do ADEDY, sindicato nacional dos servidores públicos. A expectativa, porém, é de que a aprovação da greve geral seja mera formalidade.
A Grécia negocia com representantes da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional 28,4 bilhões de euros em novas medidas de austeridade fiscal com vista a reduzir o déficit orçamentário ao longo dos próximos cinco anos.
A expectativa é de que as negociações sejam concluídas amanhã e as novas medidas sejam apresentadas ao Parlamento até a próxima segunda-feira. A aprovação das novas medidas de austeridade é uma precondição para que a Grécia receba a quinta parcela de um pacote de resgate de 110 bilhões de euros acertado no ano passado com a UE e o FMI. As informações são da Dow Jones.