Mundo

Siemens anuncia abandono definitivo da energia nuclear

Presidente da empresa justificou a decisão como uma consequência da catástrofe na central nuclear japonesa de Fukushima

"Deixaremos de ter envolvimento na construção de centrais nucleares ou em seu financiamento. Este capítulo terminou para nós", disse o presidente da Siemens (Sean Gallup/Getty Images)

"Deixaremos de ter envolvimento na construção de centrais nucleares ou em seu financiamento. Este capítulo terminou para nós", disse o presidente da Siemens (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 20h32.

Berlim - A empresa alemã Siemens anunciou neste domingo o fim de seu vínculo com a energia nuclear e que se limitará a fornecer material que também pode ser utilizado em centrais térmicas.

"Deixaremos de ter envolvimento na construção de centrais nucleares ou em seu financiamento. Este capítulo terminou para nós", disse o presidente da Siemens, Peter Löscher, em uma entrevista à revista Der Spiegel.

"De agora em diante, seguiremos entregando elementos convencionais, como turbinas a vapor. Isto significa que nos limitaremos a tecnologias que não apenas servem para a indústria nuclear, mas que também podem ser utilizadas em centrais a gás ou carvão", explicou.

O presidente da Siemens justificou a decisão - aguardada há vários meses - como uma consequência da catástrofe na central nuclear japonesa de Fukushima e "pela posição clara adotada pela sociedade e os políticos da Alemanha".

Em março, após o acidente no Japão, o governo alemão decidiu suspender imediatamente o uso dos reatores nucleares mais antigos do país e anunciou o fechamento dos demais até, no máximo, 2022.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas alemãsempresas-de-tecnologiaEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaSiemens

Mais de Mundo

Milei promete aplicar tarifas recíprocas defendidas por Trump na Argentina

Papa Francisco apresenta crise respiratória asmática e passa por transfusão de sangue

Nova Zelândia afirma que China realizou novo exercício com "fogo real" em águas próximas

Alemanha vai às urnas envolvida em pessimismo e em momento delicado com Trump e China