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Siderúrgicos europeus protestam contra concorrência chinesa

"As importações de aço quase de graça provenientes da China, cujos volumes duplicaram nos últimos 18 meses, inundam o mercado da UE", denuncia a Eurofer


	Siderúrgicos: "Os trabalhadores da siderurgia de toda a Europa sofrem as consequências das importações desleais e da falta de ação governamental"
 (Yves Herman / Reuters)

Siderúrgicos: "Os trabalhadores da siderurgia de toda a Europa sofrem as consequências das importações desleais e da falta de ação governamental" (Yves Herman / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 10h48.

Cinco mil trabalhadores da siderurgia europeia protestavam nesta segunda-feira em Bruxelas contra a concorrência chinesa, que vende no mercado da União Europeia aço abaixo do custo de produção.

"As importações de aço quase de graça provenientes da China, cujos volumes duplicaram nos últimos 18 meses, inundam o mercado da UE, o que provoca o fechamento de usinas e a supressão de empregos na siderurgia europeia", denuncia a federação Eurofer, que reúne as indústrias europeias de aço e co-organiza a manifestação.

"Os trabalhadores da siderurgia de toda a Europa sofrem as consequências das importações desleais e da falta de ação governamental", denuncia Roy Rickhuss, secretário-geral do sindicato do aço britânico, Community, em um comunicado.

A UE é o segundo produtor de aço mais importante, atrás da China, com mais de 177 milhões de toneladas por ano, 11% da produção mundial, segundo números da Comissão Europeia, em um mercado saturado pelo excesso de oferta.

O setor emprega direta e indiretamente um milhão de pessoas na Europa.

Delegados do Eurofer e do Aegis Europe, que reúne 30 setores industriais (do aço ao alumínio, passando pela cerâmica, pelo vidro e pelos painéis solares, entre outros), serão recebidos pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, durante a manifestação.

Estas duas federações denunciarão o dumping chinês e tentarão pesar no debate realizado na UE que deve decidir se irá se posicionar dentro da Organização Mundial de Comércio (OMC) a favor ou contra a concessão à China do status de "economia de mercado".

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