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Shopping de Caracas é evacuado por bombas de gás lacrimogêneo

Quarenta e cinco pessoas, incluindo 17 crianças, receberam atenção médica de emergência

Shopping em Caracas: "Viemos tomar um sorvete e ver um filme, mas nos encontramos no meio deste desastre" (Andres Martinez Casares/Reuters)

Shopping em Caracas: "Viemos tomar um sorvete e ver um filme, mas nos encontramos no meio deste desastre" (Andres Martinez Casares/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de julho de 2017 às 21h10.

O principal shopping de Caracas foi evacuado nesta quinta-feira em meio a uma perseguição a manifestantes opositores por policiais, que lançaram bombas de gás lacrimogêneo, informaram testemunhas.

Quarenta e cinco pessoas, incluindo 17 crianças, receberam atenção médica de emergência, assinalou Ramón Muchacho, prefeito de Chacao, reduto opositor e zona onde está o shopping.

A adolescente Alejandra Vargas e suas amigas estavam no shopping Sambil para se distrair e fugir do caos das ruas, mas acabaram envolvidas em uma batalha campal.

"Viemos tomar um sorvete e ver um filme, mas nos encontramos no meio deste desastre", contou à AFP Alejandra, com os olhos irritados pelas bombas de gás. Perto dela, uma mulher com um bebê nos braços saía escoltada por dois bombeiros.

Centenas de opositores bloqueavam as ruas de Caracas, nesta quinta-feira, após uma passeata até o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ser detida por militares e policiais.

Um grupo se abrigou em Sambil diante do avanço dos policiais de choque.

"Nos fizeram recuar e entramos, alguns pelo estacionamento e outros pela porta principal, mas nos perseguiram. As pessoas corriam assustadas", relatou à AFP Rosa Rivas, de 43 anos, que participava do protesto com sua filha de 15 anos.

Quando a confusão começou, Andrés García, de 20 anos, estava na loja de sapatos onde trabalha. "Tudo começou de repente. Duas colegas que estavam almoçando vieram correndo. Fechamos a porta de ferro e nos protegemos no estoque", contou o vendedor.

Uma hora e meia depois o shopping foi evacuado por precaução.

Hospitais, escolas, restaurantes, hotéis, ministérios e outros locais públicos já foram atingidos por distúrbios nestes três meses de protestos.

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