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Shell vai suspender as criticadas perfurações no Alasca

O presidente Barack Obama provocou a revolta dos ecologistas em maio, quando autorizou a Shell a realizar perfurações submarinas no mar do Ártico


	Vista do Alasca: após dois meses de exploração de petróleo, a Shell considerou que o resultado das perfurações era "claramente decepcionante"
 (Nathan Searles/Wikimedia Commons)

Vista do Alasca: após dois meses de exploração de petróleo, a Shell considerou que o resultado das perfurações era "claramente decepcionante" (Nathan Searles/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 08h33.

A Royal Dutch Shell vai interromper as polêmicas perfurações no Alasca após resultados considerados decepcionantes, anunciou a empresa anglo-holandesa em um comunicado.

O presidente americano Barack Obama provocou a revolta dos ecologistas em maio, quando autorizou a Shell a realizar perfurações submarinas no mar de Chukchi no Ártico.

Após dois meses de exploração, no entanto, a Shell considerou que o resultado das perfurações era "claramente decepcionante", o que levou a empresa a decidir não seguir adiante.

A Shell informou que perfurou "até uma profundidade de 6.800 pés" (quase 2.070 metros) no poço "Burger J", situado no mar a 240 km da cidade de Barrow, no Alasca (extremo noroeste dos Estados Unidos).

"A Shell encontrou indícios de petróleo e gás no poço 'Burger J', mas não são suficientes para justificar uma exploração maior", afirma o comunicado.

"O poço será selado e abandonado, em conformidade às regras dos Estados Unidos", completa a nota.

Em um futuro previsível, a Shell vai cessar a exploração na costa do Alasca, segundo a empresa.

"Esta decisão reflete tanto o resultado no 'Burger J' como os altos custos associados com o projeto e o entorno regulatório federal, difícil e imprevisível, para as águas do Alasca", afirma o comunicado.

A Shell explicou que incluirá em seu balanço as "cargas financeiras" vinculadas à suspensão, que serão detalhadas na apresentação dos resultados em 29 de outubro.

A empresa destacou que a atividade no Alasca representava quase três bilhões de dólares e que terá que pagar por volta de US$ 1,1 bilhão às empresas terceirizadas.

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