Shai Agassi, da Better Place (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2012 às 21h28.
São Paulo - Em 2007, o israelense Shai Agassi, então com 38 anos, tinha um empregão. Era vice-presidente da alemã SAP, a maior fabricante mundial de software corporativo. Mas ele trocou seu cargo por um projeto ambicioso no mundo automotivo, a Better Place.
Lastreada por um investimento de 200 milhões de dólares, com dinheiro de bancos e empresas, a Better Place propõe um sistema para ajudar a frota de carros elétricos a ter energia suficiente para esticar a autonomia das baterias, hoje de 160 quilômetros, em média.
A Better Place está instalando pontos de recarga de baterias em casas, escritórios e ruas de países como Israel, Portugal, Austrália, Dinamarca e em São Francisco (EUA).
Os clientes terão, ainda, a opção de usar os serviços de uma rede de estações de substituição ou de recarga rápida. Com a ajuda de robôs e um jeitão de lava rápido, a operação de recarga dura cerca de 3 minutos. Um software informa o usuário sobre a situação da bateria – e qual a estação mais próxima.
Em Copenhagem, na Dinamarca, onde a Better Place abriu este ano sua primeira estação de trocas na Europa, os clientes pagam 350 dólares ao mês e podem usar a estrutura de recarregadores e trocas por um ano. “Queremos conquistar 25% dos clientes de carros elétricos”, disse Agassi a INFO.
Mas antes a Better Place terá de resolver dois problemas: o uso constante faz a bateria perder cerca de 1% da carga ao ano, como acontece com os laptops. O outro é que as baterias da Better Place são boas para os modelos da Nissan (como o Leaf) e da Renault (como o Fluence EV). Mas não servem para carros elétricos de outros fabricantes.