Ataque à ilha de Yeonpyeong, na Coreia do Sul, é o centro das discórdias entre os dois países (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 05h33.
Seul - O ministro da Unificação sul-coreano, Hyun In-taek, disse nesta quinta-feira que a Coreia do Sul mantém aberta a porta ao diálogo com Pyongyang, depois de fracassarem as conversas militares para diminuir a tensão na península.
A mensagem sul-coreana acontece poucas horas depois de o Exército norte-coreano, através da agência estatal "KCNA", ter indicado que não voltará a reunir-se com a Coreia do Sul, acusada pelo regime comunista de favorecer deliberadamente o clima de tensão na zona.
Hyun disse que o Governo sul-coreano seguirá observando os passos da Coreia do Norte em relação à melhora das relações entre os dois países vizinhos.
Na quarta-feira, foram finalizados sem acordo dois dias de reuniões militares preparatórias para organizar a agenda de um encontro militar de alto nível para reduzir a tensão criada após o bombardeio norte-coreano de novembro contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong.
A Coreia do Sul exigiu nas conversas que o regime norte-coreano se responsabilizasse pelo ataque contra Yeonpyeong e reconhecesse sua participação no afundamento em março da embarcação Cheonan, no qual morreram 46 tripulantes.
Segundo indicou o chefe sul-coreano nas negociações, coronel Moon Sang-gyun, os interlocutores norte-coreanos se negaram a satisfazer as condições e abandonaram a mesa de negociação.