O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un: o país declarou ontem que está preparado para uma guerra iminente contra a Coreia do Sul e os EUA (REUTERS / KCNA)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2013 às 08h25.
Seul - A Coreia do Sul assegurou nesta terça-feira que o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53) segue vigente apesar do regime de Pyongyang ter declarado ontem o documento nulo em resposta às sanções da ONU.
"Os termos do armistício não podem ser unilateralmente cancelados ou invalidados", assegurou hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano, Cho Tai-young.
O funcionário pediu que a Coreia do Norte retire suas ameaças de acabar com o cessar-fogo entre as duas nações. O porta-voz explicou que Seul impulsionará a cooperação e consultas com os Estados Unidos e a China, países que fazem parte do acordo.
"Pedimos a Coreia do Norte que retire as ameaças contra a estabilidade e a paz na península da Coreia e na região", disse o porta-voz em declarações divulgadas pela agência "Yonhap".
O regime de Pyongyang declarou ontem, após várias ameaças, "completamente nulo" o armistício e afirmou que está preparado para uma guerra iminente contra a Coreia do Sul e os EUA.
Além disso, segundo confirmou o Ministério da Defesa sul-coreano, o regime de Kim Jong-un suspendeu ontem de forma unilateral a linha telefônica da aldeia fronteiriça de Panmunjom, única via de comunicação entre o Sul e o Norte, geralmente usada para assuntos de urgência.
O motivo das ações norte-coreanas foi o exercício militar anual Key Resolve, que as forças da Coreia do Sul e dos EUA iniciaram ontem e que se prolongará até o dia 21 de março.
Na semana passada, a ONU impôs novas sanções econômicas e comerciais contra a Coreia do Norte em função dos testes nucleares realizados pelo regime comunista em 12 de fevereiro. Em 2006 e 2009, o país fez outros dois testes.
A Guerra da Coreia não terminou com um tratado de paz, e sim o armistício, por isso até hoje as duas nações estão tecnicamente em guerra.