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Seul criará novo comando militar para enfrentar provocações

"Comando de Forças Conjuntas" deve aumentar coordenação e rapidez de resposta sul-coreanas

Exército sul-coreano: tensão com o Norte está em pior nível desde a Guerra da Coreia (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Exército sul-coreano: tensão com o Norte está em pior nível desde a Guerra da Coreia (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 08h57.

Seul - O Ministério da Defesa da Coreia do Sul propôs nesta quarta-feira a criação de um "Comando de Forças Conjuntas" para aumentar a coordenação e a rapidez de resposta de suas Forças Armadas diante de provocações norte-coreanas.

A nova estrutura no alto da lista militar, que deverá entrar em funcionamento no próximo ano, poderia somar-se ou substituir ao Chefe do Estado-Maior Conjunto existente, o que ainda não foi decidido, como indicaram fontes militares à agência local "Yonhap".

A reforma apresentada nesta quarta pelo Ministério da Defesa sul-coreano deverá ser aprovada pelo Parlamento e, se entrar em vigor, representará a primeira reorganização do comando militar que reúne os três exércitos em 23 anos.

O oficial que ocupa o novo posto de chefe do "Comando de Forças Conjunto" terá maior autoridade do que o atual Chefe de Estado-Maior, já que além do controle sobre as operações dos três braços do Exército terá poder para tramitar o envio de pessoal militar.

O Ministério da Defesa sul-coreano espera assim "responder a toda possível provocação da Coreia do Norte" e "permitir que as Forças Armadas estejam prontas para lutar e vencer".

Desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), essa é a primeira vez que a tensão está em tão alto nível. A situação piorou após a troca de tiros de artilharia com a ilha sul-coreana de Yeonpyeong em 23 de novembro, que causou quatro mortos nas fileiras sul-coreanas, dois deles civis, por disparos a partir da Coreia do Norte.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, disse nesta quarta-feira que a Coreia do Sul "não quer uma guerra". "O primeiro objetivo é dissuadir uma guerra e as provocações, mas quando somos provocados, devemos responder com força para vencer", acrescentou.

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