Bandeira da Coreia do Sul: ministério das Relações Exteriores convocou o diplomata para expressar seu "mal-estar" (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 08h05.
Seul - A Coreia do Sul convocou nesta segunda-feira o número dois da embaixada da China em Seul, Chen Hai, para protestar pela decisão de Pequim de criar uma nova zona de defesa aérea que violaria os limites estabelecidos pelas Forças Armadas sul-coreanas.
O Ministério das Relações Exteriores convocou o diplomata para expressar seu "mal-estar" e comunicar seu desejo de que o assunto seja resolvido sem prejudicar os interesses do país, informou à Agência Efe uma representante da chancelaria sul-coreana.
Pequim divulgou no sábado o novo traçado de sua área de identificação de defesa aérea (Adiz, por sua sigla em inglês) no Mar da China Oriental, que abrange zonas que Seul mantém atualmente sob seu controle, como a ilhota submergida de Ieodo, a 150 quilômetros ao sudoeste da ilha de Jeju.
As primeiras reações sul-coreanas à decisão da China chegaram no domingo, quando o Ministério da Defesa emitiu um comunicado no qual "lamentou" que os novos limites anunciados unilateralmente pelo gigante asiático violem a Adiz das Forças Armadas da Coreia do Sul.
No entanto, a maior polêmica do novo traçado da zona de defesa aérea chinesa ocorreu com o Japão, já que Pequim incluiu nesta área as disputadas ilhas Senkaku/Diaoyu, cuja soberania reivindica embora elas sejam administradas de fato por Tóquio.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, declarou hoje que está "profundamente preocupado" pela decisão da China e afirmou que não aceitará o novo traçado unilateral marcado pelo país vizinho.