As duas Coreias se encontram tecnicamente em guerra, já que o conflito que durou entre 1950 e 1953 foi concluído com um armistício (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 06h46.
Seul - O Governo da Coreia do Sul decidiu permitir que civis e organizações privadas enviem suas mensagens de condolências à Coreia do Norte pela morte de seu líder, Kim Jong-il, informou nesta quarta-feira o Ministério da Unificação.
A autorização acontece depois de a Coreia do Sul ter enviado seus pêsames 'à população norte-coreana' pelo falecimento de Kim Jong-Il e expressado esperança de que 'se restaure a estabilidade o mais rapidamente possível'.
'O Governo decidiu permitir a civis que enviem condolências à Coreia do Norte por fax ou e-mail', disse um porta-voz do Ministério da Unificação, encarregado das relações com o país comunista.
As duas Coreias se encontram tecnicamente em guerra, já que o conflito que durou entre 1950 e 1953 foi concluído com um armistício, e não com um Tratado de Paz. Por isso, qualquer contato privado de cidadãos do Sul com os do Norte deve ser aprovado por Seul.
O Governo sul-coreano assinalou na terça-feira que não enviará nenhuma delegação oficial à Coreia do Norte para expressar condolências, mas permitirá que viajem ao país comunista os parentes do falecido ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung e os do ex-presidente do conglomerado Hyundai Chung Mong-hun.
O regime de Pyongyang enviou a Seul delegações quando do falecimento de Kim Dae-jung, protagonista em 2000 da primeira cúpula intercoreana com Kim Jong-il, e também quando morreu Chung, um dos promotores do desenvolvimento empresarial na Coreia do norte.
Nesta terça, o opositor Partido Democrático propôs a formação de uma delegação parlamentar conjunta para fazer uma visita de condolências a Pyongyang, o que foi rejeitado pelo governante Grande Partido Nacional (GNP).