O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe: Japão sabe quão grandes serão as repercussões da visita de seu primeiro-ministro ao santuário de Yasukuni, declarou Coreia do Sul (©afp.com / Peter Muhly)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 13h23.
Seul - Um funcionário do governo sul-coreano advertiu nesta quinta-feira que a visita realizada pelo primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, ao santuário de Yasukuni, onde jazem restos de criminosos de guerra, terá "grandes repercussões diplomáticas".
"O Japão sabe quão grandes serão as repercussões diplomáticas da visita de seu primeiro-ministro ao santuário de Yasukuni", declarou à agência local "Yonhap" a fonte governamental de Seul, à espera que o Ministério das Relações Exteriores anuncie hoje oficialmente sua postura e possíveis medidas.
O primeiro-ministro japonês visitou nesta manhã de forma inesperada o citado santuário no centro de Tóquio onde se presta homenagem aos milhões de caídos do Exército Imperial entre 1853 e 1945, entre eles 14 criminosos da Segunda Guerra Mundial.
China e Coreia do Sul, que foram colonizadas pelo Japão na primeira metade do século 20, criticam duramente as visitas ao templo por considerá-lo um símbolo da opressão colonial japonesa e um monumento ao militarismo do histórico inimigo.
Toda vez que autoridades de Tóquio visitam Yasukuni o governo da Coreia do Sul reage com fortes protestos diplomáticos.
Nesta ocasião se espera uma resposta ainda mais contundente de Seul, devido ao fato de o protagonista da visita ser o primeiro-ministro, algo que não ocorria desde 2006.
Abe tentou hoje acalmar os ânimos ao negar que venerar criminosos de guerra fosse o objetivo de sua visita, e assegurou que só pretendia apresentar seus cumprimentos aos que perderam a vida pelo Japão por causa do primeiro aniversário de sua posse.