Não existem informações se os planos da Al Qaeda foram mantidos para 2011 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2011 às 18h11.
Washington - A Al Qaeda considerou atacar infraestruturas de petróleo e gás americanas em 2010, segundo documentos apreendidos durante o ataque ao complexo residencial de seu ex-líder Osama bin Laden, disseram autoridades nesta sexta-feira.
Os altos funcionários se apressaram, entretanto, em salientar que não existia uma ameaça específica ou iminente aos Estados Unidos, ao indicarem que não estava claro se a Al Qaeda tinha dado prosseguimento a essa conspiração depois de 2010.
Em um documento de inteligência classificado, o FBI e o Departamento de Segurança Nacional americano apresentaram informações sobre o "interesse da Al Qaeda em selecionar infraestruturas de petróleo e de gás natural", indicou em um comunicado o porta-voz do Departamento, Matt Chandler.
"Não temos conhecimento de uma ameaça específica ou iminente de um ataque terrorista contra o setor petroleiro e de gás, nem no exterior nem nos Estados Unidos", afirmou.
"No entanto, em 2010 havia um interesse constante por parte dos membros da Al Qaeda na escolha de navios petroleiros e de setores da infraestrutura comercial petroleira no mar... Não está claro se algum outro planejamento foi realizado depois de meados do ano passado", acrescentou.
A advertência foi enviada às autoridades federais e locais, assim como a companhias de petróleo e de gás, mas o nível de ameaça terrorista nacional não foi elevado.
O Departamento de Segurança Nacional emitiu no dia 5 de maio uma advertência semelhante sobre possíveis planos terroristas contra trens dos Estados Unidos no décimo aniversário dos ataques de 11 de setembro, citando outros documentos encontrados no esconderijo de Bin Laden.
Os detalhes sobre a conspiração foram obtidos em documentos apreendidos durante o ataque de 2 de maio de um comando militar americano contra o complexo residencial de Bin Laden, na cidade paquistanesa de Abbottabad, no qual o líder da Al Qaeda foi eliminado, disse uma autoridade americana que pediu para não ser identificada.
"Nenhum método de ataque específico foi identificado em 2010 e não se fez referência a uma data ou momento específico" para a realização de um atentado, acrescentou a autoridade.