Fábrica na Espanha: o maior nível desde abril da atividade manufatureira (Samuel Aranda/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 08h02.
Londres - A atividade manufatureira da zona do euro acelerou mais que o esperado em janeiro, indicando que o setor está recuperando força na maior parte da região, com exceção da Grécia.
"Os dados também mostram uma tranquilizante melhora na periferia, ao menos no setor manufatureiro, com Irlanda e Itália em particular vendo o crescimento subir mais em janeiro", disse Chris Williamson, do Markit.
O índice Markit do setor manufatureiro subiu de 57,1 para 57,3 em janeiro, excedendo a estimativa preliminar de 56,9.
As empresas, porém, enfrentaram pressão inflacionária crescente, com os preços de insumos tendo a maior alta desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 1997. Isso é mais um sinal de pressões inflacionárias na economia, ampliando as chances de que o Banco Central Europeu (BCE) tenha de elevar os juros antecipadamente.
O Markit atribuiu os custos mais altos aos combustíveis, alimentos e metais, e a inflação dos preços finais atingiu a máxima em dois anos e meio -- sugerindo que as empresas conseguiram passar parte dos custos aos consumidores.
Janeiro foi o 16o mês em que o índice ficou acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, e é a maior leitura desde abril. As oito maiopres economias da zona do euro viram crescimento na indústria manufatureira mês passado, com exceção da Grécia.
O núcleo do índice manufatureiro da Alemanha subiu em relação à leitura preliminar de 60,5, mas ficou praticamente estável em relação à máxima em cinco meses atingida em dezembro.
O índice da França caiu, com desaceleração na atividade.
A Itália teve o primeiro crescimento manufatureiro desde junho de 2006, e a leitura da Espanha alcançou o maior nível desde abril.
Alemanha
O crescimento do setor manufatureiro da Alemanha continuou robusto em janeiro, mas os preços de insumos aumentaram no maior ritmo em pelo menos 14 anos, enfatizando as preocupações de que os custos elevados podem abater os lucros.
O índice do setor teve leve queda para 60,5 em janeiro, ante 60,7 em dezembro.
O dado tem estado acima da linha de 50, que separa a contração da expansão, há 16 meses.
O componente de preços de insumos saltou para 80,8 em janeiro, a maior leitura desde o início da série histórica, em 1996, contra 74,2 em dezembro.