Soldados combatem guerrilheiros das Farc: o governo estuda a criação de uma "zona de reserva camponesa", mas garante que, em nenhuma hipótese, a área teria autonomia institucional e política (Luis Robayo/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 18h26.
Bogotá - As negociações de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo estão avançando, mas ainda não há acordo sobre o tema agrário - o primeiro da agenda. A avaliação é do negociador colombiano, Umberto de la Calle, feita hoje (21) no encerramento da sétima rodada de negociações, em Cuba.
"Finalizamos um ciclo e continuamos avançando na construção de acordo dentro do primeiro tema da agenda. Entretanto, ainda temos alguns pontos de desacordo, pendentes de discussão sobre a política agrária", declarou.
Os negociadores marcaram novo encontro no dia 2 de abril. "Nos reuniremos de novo, com esperança de finalizar este ponto e passar ao seguinte", disse o negociador da guerrilha.
O governo estuda a criação de uma "zona de reserva camponesa", mas garante que, em nenhuma hipótese, a área teria autonomia institucional e política. A proposta foi apresentada pelas Farc.
Contra a ideia, La Calle argumenta: "As zonas camponesas não devem ser fator de divisão na sociedade rural, mas sim de integração".
Apesar da ausência de acordo, as Farc e o governo têm feito reiteradas declarações otimistas sobre o processo. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse acreditar que a paz será alcançada ainda este ano.
As Farc também declararam confiança de que o país alcançará a paz, colocando fim ao conflito de 48 anos.