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Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 14h45.
Caracas - A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, informou nesta terça-feira que sete pessoas morreram e pelo menos 61 ficaram feridas nas manifestações convocadas pela oposição após a proclamação de Nicolás Maduro como vencedor das eleições de domingo.
"Nestes fatos violentos morreram sete venezuelanos, entre eles um funcionário da polícia de Táchura (oeste)", disse Luisa em um comparecimento público.
"Além disso, temos registros de 61 pessoas feridas", acrescentou Luisa ao dizer que uma das pessoas "seria queimada viva".
A procuradora-geral também fez comentários sobre ataques aos centros médicos, sedes da companhia de telefonia pública, edifícios públicos e negócios privados.
O candidato da oposição, Henrique Capriles, pediu que as pessoas "protestem em paz" contra a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou Maduro como vencedor das eleições de domingo.
Durante a tarde aconteceram manifestações e protestos em diferentes pontos do país contra essa decisão, nas quais ocorreram os incidentes em questão.
Luisa disse que até o momento há 135 pessoas detidas que vão ser apresentadas perante a justiça na quarta-feira e afirmou que "estes fatos poderiam constituir em delitos de instigação ao ódio e desobediência das leis".
A procuradora-geral afirmou que se a polícia encontrar indícios de formação de quadrilha, solicitará "a apreensão de bens e congelamento de contas" dos responsáveis.
Luisa indicou que o Ministério Público tomará todas as medidas "que forem necessárias" para manter a paz no país e fez um chamado os venezuelanos para que "reflitam".
Luisa Ortega tamém disse que a Venezuela é um Estado de direito e que existem mecanismos para resolver as controvérsias, e assegurou que Capriles até o momento não se dirigiu ao CNE para apresentar uma impugnação dos resultados.
"Até este momento, até esta hora, o candidato que não foi beneficiado pelo povo venezuelano não foi ao CNE", disse, ao assegurar que esse é o mecanismo para protestar.
Capriles assegurou que não vai reconhecer os resultados do domingo até que haja a recontagem de votos das eleições de domingo, nas quais Maduro obteve uma estreita vitória com menos de dois pontos de vantagem sobre o candidato opositor.