Anonymous: grupo anunciou seu ataque em um vídeo publicado nesta quinta-feira, em que acusa Trump de "fascismo e xenofobia" (Paul J. Richards/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2016 às 15h51.
Washington - O Serviço Secreto dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira que está investigando um suposto ataque de hackers ligados ao grupo Anonymous a Donald Trump, pré-candidato republicano à Casa Branca.
O grupo afirmou ter divulgado na internet o número do telefone celular e o número da Seguridade Social do magnata, que lidera a corrida republicana para a indicação presidencial com uma campanha populista e agressiva que tem gerado muita polêmica.
A informação, publicada em um site de vazamentos do Anonymous, incluiria números telefônicos, endereços e outros dados pessoais de pessoas próximas ao multimilionário nova-iorquino, como seu porta-voz, seu diretor de campanha e familiares.
"O Serviço Secreto dos EUA está ciente dos dados divulgados na internet sobre a informação pessoal do candidato Donald Trump", afirmou hoje o porta-voz Martin Mulholland.
"Estamos trabalhando com o FBI neste assunto", acrescentou Mulholland no comunicado, divulgado pela imprensa americana.
O Anonymous anunciou seu ataque em um vídeo publicado nesta quinta-feira no YouTube, em que acusa o pré-candidato de "fascismo e xenofobia", e de "perseguição religiosa aos muçulmanos através de políticas totalitárias".
O magnata, conhecido por seu discurso radical contra a imigração ilegal, defende vetar temporariamente a entrada nos Estados Unidos de turistas muçulmanos como ferramenta para combater o terrorismo jihadista.
Um representante do empresário citado pela emissora "CNN" afirmou que as forças da ordem trabalham para "deter os responsáveis por tentar piratear ilegalmente as contas e a informação telefônica do senhor Trump".
Ano passado Trump alegou ter recebido ameaças e solicitou a proteção do Serviço Secreto, destinada habitualmente a altos cargos do governo, como o presidente, Barack Obama, e líderes estrangeiros que visitam o país.
Durante a campanha presidencial é comum que o Serviço Secreto zele pela segurança de alguns candidatos, confirmou à Agência Efe um porta-voz dessa agência federal em novembro, quando foi anunciado que o multimilionário teria proteção especial.
A proteção se torna obrigatória quando os partidos elegem os candidatos que concorrerão pela Casa Branca em suas convenções nacionais, que este ano acontecem em julho. A eleição presidencial nos EUA acontece dia 8 de novembro.