Policiais sérvios nas ruas de Belgrado em abril de 2010: duas pessoas ficaram feridas com gravidade, entre elas o possível autor do crime, um homem sexagenário (Andrej Isakovic/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2013 às 08h29.
Belgrado - Pelo menos 13 pessoas foram assassinadas a tiros nesta terça-feira, entre elas seis mulheres e uma criança de dois anos, na cidade Velika Ivanca, a 50 quilômetros ao sul de Belgrado (Sérvia), informou o diretor da polícia local, Milorad Veljovic.
Em entrevista à rádio "B92", Veljovic afirmou que doze pessoas morreram no local e uma perdeu a vida em um hospital de Belgrado.
Além disso, duas pessoas ficaram feridas com gravidade, entre elas o possível autor do crime, um homem sexagenário sem antecedentes policiais e que tinha permissão para portar armas.
Vários moradores de Velika Ivanca disseram que escutaram tiros por volta das 5h local (0h de Brasília).
O homem, que segundo a rádio "B92" se chama Ljubisa Bogdanovic, atirou por motivos desconhecidos em seu filho, de 42 anos, e depois seguiu para cinco casas próximas, onde disparou nos moradores, a maioria parentes do autor da ação.
Todas as vítimas, exceto a que morreu no hospital, estavam dormindo quando foram baleadas, disse Veljovic.
Bogdanovic também tentou matar sua esposa, de 60 anos de idade, e depois se matar, mas ambos ficaram gravemente feridos, segundo a polícia.
"Investigaremos para elucidar o motivo do crime, mas é difícil de saber", acrescentou Veljovic.
O chefe da polícia revelou à televisão sérvia "RTS" que "as primeiras informações sobre o ocorrido foram dados pela esposa do atirador, que luta por sua vida no hospital".
Bogdanovic participou em 1991 da guerra dos Balcãs. Os moradores da cidade contaram que o autor dos disparos não tinha comportamento suspeito.
Bogdanovic está internado com ferimentos na cabeça e se encontra inconsciente. O hospital afirmou que o atirador não tem antecedentes de doenças psiquiátricas.
A região de Velika Ivanca onde ocorreu o crime fica afastada do do centro da cidade e tem poucos moradores, a maioria com relações de parentesco entre si. EFE