A ideia, defendida pelo governador paulista Geraldo Alckmin, ganhou força após Serra passar os últimos dois dias em Brasília (Sérgio Andrade/Governo de SP)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2011 às 09h22.
São Paulo - Com o aval do ex-governador José Serra (PSDB), aliados deflagram uma operação para pressionar pela adoção de um rodízio na presidência tucana, numa tentativa de recuperar espaço dentro do partido. A renovação do comando está marcada para o dia 28 de maio e, hoje, a tendência é reeleger o deputado Sérgio Guerra (PE).
O grupo liderado por Serra está inconformado e insiste em implantar a rotatividade na presidência do partido: um ano, ficaria nas mãos de aliados do senador Aécio Neves (MG) e, no ano seguinte, com um representante dos serristas. A ideia, defendida pelo governador paulista Geraldo Alckmin, ganhou força após Serra passar os últimos dois dias em Brasília. É vista como uma solução com o fracasso das articulações para colocá-lo no conselho político a ser criado pelo PSDB.
No fim de semana passado, em reunião dos oito governadores do PSDB, em Belo Horizonte, foi aprovada proposta de criar um "órgão de assessoramento" que não disputaria espaço com a direção partidária.
Serra não gostou, porém, do formato idealizado, que deverá contar com 14 integrantes e ter no comando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ex-governador disse a tucanos que o conselho, do tamanho que foi proposto, perderá eficiência e ficará sem sentido. Insatisfeitos com esse formato, os serristas avaliam que o conselho "morreu", uma vez que deverá ter efetivamente pouco poder de ação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.