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Serra diz que se vencer vai declarar Farc como terroristas

Em concontro com presidente da Colômbia, candidato do PSDB aproveitou para criticar postura do PT

Candidato a presidência participou de encontro com o presidente colombiano (Arquivo)

Candidato a presidência participou de encontro com o presidente colombiano (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

São Paulo - O candidato José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), disse hoje após um encontro com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que se vencer as eleições irá classificar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia como grupo terrorista.

"Atuarei ativamente e direi que as Farc são um grupo terrorista vinculado ao narcotráfico", afirmou o candidato do PSDB em declarações a jornalistas após a reunião.

Serra disse que "não há dúvida" de que a guerrilha das Farc "são uma força terrorista que perdeu de vista sua natureza revolucionária tradicional".

"Ficou claro que a Colômbia os consideram uma força terrorista ligada ao narcotráfico. O Brasil deveria esclarecer isso.", afirmou Serra, que considerou que a política externa do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva "não defende os interesses do Brasil".

"A Colômbia tem uma política positiva e clara no combate ao narcotráfico, diferente do Governo boliviano", disse Serra. Além disso, defendeu que o Brasil deve fazer uma pressão diplomática sobre a Bolívia para impedir a entrada de drogas no país.

No mês de maio, Serra causou polêmica ao acusar o Governo da Bolívia de ser "cúmplice" do narcotráfico devido à grande quantidade de drogas que chega ao Brasil.

Em relação às Farc, Serra reiterou que "os vínculos políticos" do PT "são inadequados".

Nesse sentido, denunciou que Dilma Rousseff, quando foi ministra-chefe da Casa Civil, deu um posto no Ministério da Pesca à esposa do ex-padre colombiano conhecido como "Oliverio Medina", a quem chamou de "embaixador internacional das Farc no Brasil".

Sobre seu encontro com Santos, revelou que falaram de relações internacionais, tanto da América Latina como das relações entre Brasil e Colômbia, e trataram do comércio conjunto e da oportunidade de realizar intercâmbios tecnológicos.

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