Mundo

Senadores dos EUA anunciam acordo sobre controle de armas

Desde o massacre de Newtown, ocorrido em dezembro, foi reaberto nos EUA o debate sobre o controle de armas


	Revólveres: a proposta bipartidária seria considerada como uma emenda à atual legislação sobre armas.
 (Whitney Curtis/Getty Images)

Revólveres: a proposta bipartidária seria considerada como uma emenda à atual legislação sobre armas. (Whitney Curtis/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 14h22.

Washington - Os senadores americanos Pat Toomey e Joe Manchin anunciaram nesta quarta-feira um acordo bipartidário para reforçar o controle de antecedentes em todas as vendas comerciais de armas como meio de reduzir a violência armada no país.

A proposta de Toomey, republicano, e Manchin, democrata, tem apoio suficiente para ser aprovada tanto no Senado como na Câmara de Representantes, segundo disseram em entrevista coletiva.

"Há um número substancial de republicanos na câmara que apoiam nossa proposta", disse Toomey perante os jornalistas.

Desde o massacre de Newtown, ocorrido em dezembro, foi reaberto nos EUA o debate sobre o controle de armas, um assunto que passou a ser uma das prioridades na agenda do presidente americano, Barack Obama.

A proposta bipartidária seria considerada como uma emenda à atual legislação sobre armas.

O acordo faria mais estrito o controle de antecedentes que a lei atual, mas é menos duro que o originalmente solicitado por Obama e os democratas do Congresso, que tratavam que fossem obrigatórias as revisões para quase todo tipo de vendas.

Segundo explicou Manchin, a proposta prevê também aumentar o financiamento para a segurança nas escolas e impor mais restrições ao tráfico de armas.

"Esta emenda não aliviará a dor das famílias que perderam seus filhos nesse dia horrível ", disse Manchin sobre as 20 crianças e seis adultos que morreram na escola Sandy Hook de Newtown pelos disparos de Adam Lanza, um jovem que horas antes matou a sua própria mãe e acabou se suicidando.


"Mas ninguém, nem um de nós neste grande Capitólio, com boa consciência, pode sentar-se e não tentar prevenir que outro dia como aquele volte a acontecer", acrescentou.

Sob os termos do acordo alcançado pelos senadores, todas as verificações de antecedentes serão realizadas por comerciantes com licença federal de armas de fogo.

Esses comerciantes deverão verificar a validade da licença de armas de um comprador e comprovar seu registro.

Também será solicitado um registro das compras realizadas nas feiras de armas.

Além disso, a proposta estabelece a criação de uma comissão bipartidária para estudar os casos de massacres por violência armada e apresentar ao Congresso propostas legislativas que possam fazer frente a este tipo de incidentes.

"Temos uma cultura da violência e toda uma geração que fundamentalmente se desistabilizou. Temos que encontrar a maneira de mudar isto", acrescentou Manchin.

O líder da maioria democrata do Senado de EUA, Harry Reid, disse na terça-feira que programará para quinta-feira um voto de procedimento chave para iniciar o debate formal sobre o controle das armas, apesar da objeção dos opositores da medida. 

Acompanhe tudo sobre:ArmasEstados Unidos (EUA)IndústriaIndústria de armasIndústrias em geralPaíses ricos

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA