Armas: "As armas de estilo militar pertencem ao campo de batalha, não ao uso geral" (Kevork Djansezian/Getty Images)
EFE
Publicado em 3 de outubro de 2017 às 21h29.
Miami - A democrata Linda Stewart, senadora na Flórida, apresentará um projeto de lei para proibir no estado, que fica na costa leste dos Estados Unidos, a venda de versões civis de armas militares e também de cartuchos de alta capacidade.
"As armas de estilo militar pertencem ao campo de batalha, não ao uso geral", disse hoje a senadora ao anunciar o projeto, lamentando a morte de 59 pessoas em um tiroteio no domingo em Las Vegas.
É a segunda vez que a democrata tentará aprovar o projeto no Senado da Flórida. A medida foi proposta pela primeira vez após o tiroteio na boate Pulse, em Orlando, que deixou 49 mortos em 2016.
"O projeto garantiria que as 49 almas perdidas no massacre ocorrido há 16 meses não foram em vão, mas sim um chamado à ação", indicou a senadora, que ainda apresentará detalhes da medida.
"Temos a responsabilidade de agir. Não existe nenhuma razão legítima para possuir essas armas de assassinato em massa", indicou a democrata sobre as armas utilizadas em ambos os casos.
Stephen Paddock, autor do massacre em Las Vegas (Nevadas), tinha 23 armas de fogo em seu quarto no hotel Mandalay Bay, de onde disparou contra cerca de 22 mil pessoas que assistiam a um show, e outras 19 em sua casa, na cidade de Mesquite.
O projeto de lei, explicou a senadora da Flórida, busca evitar que essas armas caiam nas mãos de pessoas erradas, especialmente as projetadas para disparar várias vezes em curtos períodos de tempo ou sem a necessidade de serem recarregadas.
"Não vamos tirar as armas de ninguém e não estamos infringindo o direito de ninguém caçar ou se proteger", esclareceu a senadora.