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Senadora democrata lança pré-candidatura para 2020 nos EUA

No seu discurso, Elizabeth Warren criticou o sistema americano, que, em sua opinião, "afundou" a classe média do país

Elizabeth Warren: senadora democrata é considerada uma das mais progressistas do Congresso americano (Scott Eisen / Stringer/Getty Images)

Elizabeth Warren: senadora democrata é considerada uma das mais progressistas do Congresso americano (Scott Eisen / Stringer/Getty Images)

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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 16h21.

Washington, 9 fev (EFE).- A senadora democrata Elizabeth Warren, considerada uma das mais progressistas do Congresso americano, lançou oficialmente neste sábado sua pré-candidatura para as eleições presidenciais de 2020.

"Esta é a luta das nossas vidas, a luta para construir um país onde os sonhos são possíveis. (...) E este é o motivo pelo qual estou hoje aqui para anunciar que sou candidata a presidente dos Estados Unidos", disse Warren diante de uma multidão reunida na cidade de Lawrence, em Massachusetts.

Warren se uniu assim a outros senadores do seu partido que já anunciaram sua intenção de concorrer à Casa Branca, como Cory Booker, Kamala Harris e Kirsten Gillibrand, enquanto se espera que o também progressista Bernie Sanders e a legisladora Amy Klobuchar se somem à disputa em breve.

Um dos primeiros a oficializar sua pré-candidatura para os pleitos presidenciais de 2020 foi o latino Julián Castro, que foi secretário de Habitação durante o governo do presidente Barack Obama (2009-2017).

No seu discurso, Warren criticou o sistema americano, que, em sua opinião, "afundou" a classe média do país.

"As pessoas mais ricas e poderosas dos Estados Unidos pressionaram em Washington e pagaram políticos para inclinar o sistema ano após ano", considerou Warren, uma das democratas mais conhecidas do país.

No ato do anúncio oficial estiveram presentes o senador Ed Markey, que nesta sexta-feira apresentou um ambicioso plano para enfrentar a mudança climática, e o congressista Joe Kennedy III, do clã dos Kennedy.

O anúncio de Warren acontece em um momento no qual sua popularidade está em baixa, depois que a senadora divulgou em outubro os resultados de um teste de DNA para demonstrar que provavelmente tem raízes nativo-americanas.

O jornal "The Boston Globe" publicou o resultado de um teste de DNA que, em um primeiro momento, demonstrava "provas sólidas" de que houve um nativo-americano na árvore genealógica de Warren.

No entanto, horas mais tarde, o jornal de Boston reconheceu que houve um "erro matemático" ao calcular a herança genealógica de Warren e que, na realidade, a política tem entre 1/64 e 1/1.024 de origem nativo-americana.

Esse incidente motivou provocações do presidente Donald Trump, que a chamou de "Pocahontas" em repetidas ocasiões, e a irritação da tribo indígena Nação Cherokee, que declarou que o uso de um teste de DNA para demonstrar "qualquer conexão" com origens nativo-americanas "é inadequado e incorreto".

Em 2012, a legisladora disse que tinha raízes indígenas, mas a falta de provas a respeito e sua decisão de identificar-se como nativo-americana no diretório da Associação de Escolas de Direito dos EUA levaram Trump e outros conservadores a acusá-la de ter mentido sobre esse ponto para avançar na sua carreira.

De acordo com sua campanha, Warren viajará nos próximos dias a sete estados diferentes do país, incluindo New Hampshire, Iowa, Carolina do Sul e Nevada, onde serão realizadas várias das primeiras primárias democratas antes dos pleitos de 2020. EFE

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