O vice-presidente, Joe Biden, foi encarregado por Barack Obama de acompanhar a reforma proposta pelo governo após o massacre na escola de Newtown (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2013 às 19h52.
A primeira votação no Senado dos Estados Unidos sobre a reforma da legislação de venda de armas de fogo ocorrerá na próxima quinta-feira, apesar da ameaça de obstrução por parte dos republicanos, qualificada de insólita pelo vice-presidente Joe Biden, anunciou um porta-voz democrata.
O chefe da maioria democrata no Senado, Harry Reid, anunciou que na quinta ocorrerá a primeira votação sobre o procedimento da reforma e, para impedir que o debate seja bloqueado, serão necessários os votos de 60 dos 100 senadores.
Segundo Biden, "podemos dizer agora que não apenas alguns senadores não querem tomar uma posição pública, mas também estão prontos para impedir que outros assumam uma posição. Isto é quase insólito".
O vice-presidente foi encarregado por Barack Obama de acompanhar a reforma proposta pelo governo após o massacre na escola de Newtown, em dezembro passado, no qual morreram 20 crianças e seis adultos.
"Imaginem o que poderão dizer agora nas outras capitais do mundo. O restante do planeta acompanha de perto o que fazemos", destacou Biden.
Os democratas têm apenas 55 cadeiras no Senado e precisarão do apoio de legisladores republicanos. Segundo um levantamento realizado nesta terça-feira pela imprensa americana, os 60 votos parecem possíveis, mas para as demais votações o resultado é imprevisível.
Treze senadores da ala mais conservadora do partido republicano, entre eles o senador pela Flórida Marcos Rubio, já citaram a possibilidade de utilizar um mecanismo para impedir a discussão do tema no Senado.
"Para os americanos será como um tapa se não fizermos nada sobre a verificação dos antecedentes (de compradores de armas), sobre a segurança das escolas e sobre o tráfico de armas, agora que todos acham que estas são boas ideias", declarou Reid em entrevista coletiva.