Apesar de Reid ter destacado que pode voltar a apresentar seu plano no Senado para conseguir votá-lo, o mais provável é que o projeto votado pelos senadores seja o que está sendo elaborado na Casa Branca (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 00h19.
Washington - O Senado dos Estados Unidos votou neste domingo a favor de seguir debatendo o plano do líder democrata na Casa, Harry Reid, para a dívida, o que reduz as possibilidades de que sua proposta seja votada antes da data crítica de 2 de agosto, terça-feira.
Com 50 votos a favor e 49 contra, Reid não conseguiu a maioria de 60 votos que necessitava para possibilitar a votação de seu plano para elevar o teto da dívida, que já foi rejeitado no sábado no plenário da Câmara de Representantes.
No entanto, a votação foi um mero procedimento legislativo que não consiste em uma avaliação do conteúdo do plano de Reid e fica em segundo plano em relação ao potencial acordo que parece estar sendo firmado a partir de negociações entre o Congresso e a Casa Branca.
O próprio Reid indicou após a votação que tem "esperanças" que o acordo negociado pelo líder republicano no Senado, Mitch McConnell, com o governo de Barack Obama "possa seguir adiante", mas ressaltou que "ainda não é uma realidade".
Apesar de Reid ter destacado que pode voltar a apresentar seu plano no Senado para conseguir votá-lo, o mais provável é que o projeto votado pelos senadores seja o que está sendo elaborado na Casa Branca, onde o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, se encontra em permanente contato com os líderes do Congresso.
O líder democrata advertiu a seus companheiros que é possível que esse plano seja votado ainda nesta tarde no Capitólio, por isso aconselhou aos legisladores que não deixem o local.
McConnell declarou neste domingo que existe um princípio de acordo entre o Congresso e a Casa Branca, e que o plano definitivo para evitar que o país entre em moratória em 2 de agosto está "muito próximo".
Em entrevista à emissora "CNN", o senador republicano afirmou confiar que esse acordo será concretizado "em breve", e antecipou que planeja uma redução do déficit de US$ 3 trilhões nos próximos dez anos e que não contará com "nenhum aumento de impostos".
Gene Sperling, um dos principais assessores econômicos de Obama, confirmou à emissora que o plano contempla reduzir o déficit em duas fases, com uma primeira imediata de perto de US$ 1 trilhão e outro posterior que se decidiria antes de dezembro em um comitê criado especialmente para esse fim no Congresso. EFE