São Paulo - Num movimento político já esperado, o Senado dos Estados Unidos, controlado pelos democratas, rejeitou na noite desta sexta-feira o projeto de lei aprovado pela Câmara de Representantes que buscava evitar o fim do pagamento das dívidas do país no próximo dia 2 de agosto.

Os legisladores votaram em 59-41 contra a proposta apresentada pelo presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, que buscava elevar o teto da dívida americana, atualmente em 14,3 bilhões de dólares, em duas etapas. 

Neste sábado, deve ficar pronta a análise final pela comissão de orçamento do Congresso (Congressional Budget Office, CBO) do plano concorrente ao de Boehner: o realizado pelo senador democrata Harry Reid.

A expectativa é que os democratas iniciem a votação do plano de Reid na madrugada de domingo, às 2 horas da manhã (de Brasília). Caso seja aprovado em votação interna, a votação final seria no dia 2 de agosto, o último dai do prazo para o aumento do limite da dívida.

Diferenças

A proposta do senador democrata é considerada mais equilibrada pelos analistas, pois, além de exigir forte contingenciamento dos gastos públicos, como querem os republicanos, também não contempla a alta dos impostos, o que significa importante concessão democrata para a oposição. Desagrada ao partido republicano, no entanto, a insistência de Reid de concentrar os cortes nas despesas militares.