Washington - O Senado dos Estados Unidos deve aprovar o projeto de lei sobre gastos de 1,1 trilhão de dólares, mas pode precisar de alguns dias para superar obstáculos regimentais antes de votar a legislação que evitará a paralisação do governo.
Após uma estreita votação na Câmara dos Deputados que expôs uma unidade desgastada entre os democratas do presidente Barack Obama, o líder democrata no Senado, Harry Reid, esperava que a lei fosse aprovada nesta sexta, poupando os norte-americanos de mais uma crise orçamentária Embora possa haver alguma oposição à medida, tanto da ala esquerda dos democratas e de alguns republicanos, o Senado caminhava para reunir os 60 votos necessários dos 100 assentos da Casa.
Mas como as regras do Senado dos EUA permitem que senadores individualmente suspendam a votação sobre a lei até a manhã de segunda-feira, parlamentares estão providenciando a prorrogação de financiamento federal temporário, previstos para vencer à meia-noite de sábado, até o meio da semana que vem.
Isso daria ao Senado o tempo que precisa para superar as barreiras regimentais e aprovar a lei. A revolta sobre as disposições financeiras controversas da líder democrata na Câmara, Nancy Pelosi, há muito tempo uma aliada incondicional de Obama, levou a um dia de tensão no Capitólio na quinta-feira.
Democratas, conscientes da necessidade de unidade quando os republicanos assumirem o controle total do Congresso no próximo ano, tentaram conter as especulação de uma separação prolongada entre o presidente e Pelosi.
A votação na Câmara foi adiada por sete horas depois que os democratas recusaram disposições para reverter parte da lei de reforma financeira Dodd-Frank, uma conquista legislativa do início da administração Obama que foi aprovada em resposta à crise financeira de 2008 e teve como objetivo controlar as tomadas de riscos por Wall Street. Os democratas também se opuseram a uma disposição que permite doações políticas de muito mais dinheiro.
Reid fez um apelo pela aprovação rápida da lei no Senado. "Desde 2011 temos ido de crise a crise com o país sob ameaça constante de uma paralisação ou de uma catástrofe financeira", disse.
"É um hábito muito ruim e o povo americano está muito, muito cansado disso." O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, também está ansioso para evitar uma nova e impopular paralisação governamental em um momento que os republicanos caminham para assumir o controle do Senado após as eleições de novembro deste ano, que também deu ao partido uma ampla maioria na Câmara.
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1. O fim dos Estados Unidos como o conhecemos?
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1/10 (Getty Images)
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2. Cidadania americana
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2/10 (Ali al-Saadi/AFP)
Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998
Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999. Fonte:
Treasury Department/PolicyMic
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3. Mais idas que vindas
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3/10 (Getty Images)
Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.
Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países. Fonte:
UniGroup Relocation/Business Insider
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4. Sem religião
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4/10 (REUTERS/Lucas Jackson)
Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%. Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas
1 entre 20 não tinha religião. Em 2013,
1 entre 5. Fonte:
General Social Survey
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5. O melhor país do mundo
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5/10 (AFP)
50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.
Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores. Fonte:
Pew Research Center (2011)
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6. Orgulho da América
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6/10 (Stock.xchng)
2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte:
Public Religion Research Institute
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7. Determinismo americano
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7/10 (Jewel Samad/AFP)
Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte:
Pew Research
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8. Capitalismo x Socialismo
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8/10 (Joe Raedle/Getty Images)
Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria. Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010,
a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
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9. Senhores das armas
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9/10 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais. Jovens americanos
concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
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10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA
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10/10 (Alex Wong/Getty Images)