Rex Tillerson: senadores mostraram preocupação com a relação próxima de Tillerson com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enquanto ele estava no comando da Exxon (Kevin Lamarque/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 18h19.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2017 às 18h26.
Washington - O senado dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira Rex Tillerson, ex-executivo-chefe da petroleira Exxon, como o novo secretário de Estado do país.
Tillerson teve o nome aprovado por 56 votos a 43 e agora estará no comando da política externa americana.
Senadores mostraram preocupação com a relação próxima de Tillerson com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enquanto ele estava no comando da Exxon, e também pelo fato de que em sua fala aos legisladores ele não se comprometeu a reafirmar sanções contra Moscou.
O nome ganhou o apoio de republicanos em princípio céticos, como os senadores John McCain e Marco Rubio, mas continuou a enfrentar oposição dos democratas.
Agora, o ex-executivo de 64 anos terá de agir rapidamente para acalmar os centenas de funcionários de carreira do Departamento de Estado que registraram formalmente preocupação com a política do presidente Donald Trump para imigrantes e refugiados.
Além disso, terá de encontrar seu espaço na formulação da política externa da nova administração, até agora dominada por Steve Bannon e Jared Kushner, assessores da Casa Branca.
Tillerson terá como desafios imediatos a disputa dos EUA com o México, diante dos planos de Trump de construir um muro na fronteira e fazer o vizinho do sul pagar por ele, a implementação da proibição temporária de imigração de sete países de maioria muçulmana e a possível decisão de Trump de mudar o endereço da embaixada americana em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém.
No prazo mais longo, Tillerson terá de lidar com a decisão de Trump de reposicionar as relações dos EUA com potências como a Rússia e a China, intensificar a guerra ao Estado Islâmico e possivelmente rever o acordo nuclear fechado entre o governo do ex-presidente americano Barack Obama e o Irã, em 2015, com a participação de outras potências.
Fonte: Dow Jones Newswires.