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Senado do Canadá aprova lei que legaliza maconha

O projeto de lei aprovado legaliza o consumo da maconha e deve entrar em vigor até o final do ano, onde o uso medicinal é liberado desde 2001

Analistas dizem que o mercado da maconha no Canadá movimentará cerca de 4,5 bilhões de dólares (Chris Helgren/Reuters)

Analistas dizem que o mercado da maconha no Canadá movimentará cerca de 4,5 bilhões de dólares (Chris Helgren/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de junho de 2018 às 10h36.

Última atualização em 8 de junho de 2018 às 10h38.

Os senadores canadenses aprovaram na noite desta quinta-feira o projeto de lei que legaliza o consumo da maconha em todo o país, por 52 votos contra 30 e uma abstenção.

O projeto, modificado pelos senadores, será analisado agora pela Câmara de Representantes, dominada pelos liberais do primeiro-ministro Justin Trudeau, que fez da legalização da maconha uma promessa de campanha.

Trudeau já admitiu ter fumado maconha com os amigos "cinco ou seis vezes".

A venda da maconha para uso medicinal está liberada no Canadá desde 2001.

Logo após a votação, o ministro da Justiça, Jody Wilson-Raybould, celebrou a aprovação do projeto, que "criará um mercado estritamente regulado para a maconha, a manterá fora do alcance dos jovens e privará os delinquentes de lucrar" com ela.

Os deputados já aprovaram um primeiro projeto, mas devido às numerosas emendas no Senado, o texto voltará à Câmara.

Após ser harmonizado, o projeto receberá o selo real e entrará em vigor.

Esta nova etapa no Parlamento poderá exigir várias semanas, já que o recesso legislativo começará este mês e seguirá até meados de setembro.

Mas o consumo da maconha deverá estar liberado no Canadá antes do final do ano.

As províncias e territórios definirão como será a venda da maconha e deverão estabelecer redes de distribuição.

A nova lei permitirá que maiores de 18 anos carreguem até 30 gramas de maconha para uso pessoal.

Analistas avaliam que o mercado da maconha no Canadá movimentará cerca de 4,5 bilhões de dólares.

Em entrevista à AFP em maio passado, Trudeau disse que o mundo acompanha de perto os planos do Canadá para a descriminação da maconha e previu que vários países farão o mesmo. "Há muito interesse dos nossos aliados no que estamos fazendo. Reconhecem que o Canadá está sendo audaz (...) e reconhecem que o regime atual (de proibição) não funciona".

"O crime organizado está fazendo grandes somas em dinheiro com a venda ilegal de maconha", justificou Trudeau.

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