O Consulado dos EUA em Benghazi é visto em chamas após atentado de um grupo armado em 11 de setembro deste ano (REUTERS/Esam Al-Fetori)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 13h50.
WASHINGTON - A decisão do Departamento do Estado de manter a missão dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, apesar da segurança inadequada e do aumento nas avaliações de ameaças perigosas antes do ataque em setembro, foi um grande erro, reportou um relatório do Senado norte-americano nesta segunda-feira.
O relatório do Comitê de Segurança do Senado sobre os ataques contra a missão dos EUA em 11 de setembro, que matou quatro norte-americanos, incluindo o embaixador para a Líbia, culpou as agências de inteligência por não ter tido foco suficiente nos extremistas líbios, e também criticou o Departamento de Estado por esperar por avisos específicos em vez de agir em segurança.
A avaliação segue um relatório contundente por um Departamento de Estado independente que resultou na renúncia de um oficial de segurança superior e três outros no departamento.
O ataque, no qual o embaixador dos EUA Christopher Stevens morreu, colocou práticas de segurança em postos diplomáticos em áreas inseguras sob escrutínio e levantou dúvidas sobre se a inteligência sobre terrorismo na região foi adequada.
O relatório do Senado disse que a falta de inteligência específica de uma ameaça iminente em Benghazi "pode refletir um fracasso" no foco da comunidade de inteligência sobre grupos terroristas que têm fracos ou nenhum vínculo operacional com a Al Qaeda e seus afiliados.
O relatório recomendou as agências de inteligência norte-americanas a "aprofundar o foco na Líbia e além, sobre nascentes grupos islamistas extremistas e violentos sem laços com a al Qaeda ou seus principais grupos afiliados".