Amy Coney Barrett: juíza já foi auxiliar de Antonin Scalia, juiz conservador da Suprema Corte que morreu em 2016 (Bloomberg/Bloomberg)
Mariana Martucci
Publicado em 26 de outubro de 2020 às 21h26.
Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 21h50.
O Senado americano confirmou, na noite desta segunda-feira, 26, a nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Barrett foi indicada pelo presidente Donald Trump e será o terceiro magistrado indicado pelo atual presidente a compor a Corte. Quer saber como as eleições americanas podem afetar seu bolso? Assine gratuitamente a EXAME Research.
Apesar de os democratas terem feito oposição feroz à nomeação da jurista conservadora, os companheiros republicanos de Trump têm uma vantagem de 53 a 47 no Senado e alcançaram votos suficientes para confirmar a nomeação. A nomeação foi aprovada por 52 a 48.
A Casa Branca planeja realizar um evento de comemoração após a aprovação, um mês depois que um evento semelhante foi relacionado a um surto de covid-19 em que o próprio Trump foi infectado.
A juíza de Chicago irá preencher a vaga deixada pela progressista Ruth Bader Ginsburg, que morreu em setembro, e sua indicação tem sido alvo de intensas discussões. No domingo, 25, senadores republicanos votaram para avançar a nomeação de Barrett para a Suprema Corte pouco mais de uma semana antes da eleição presidencial, apesar de objeções de democratas. A votação foi de 51 a 48.
Ao longo dos últimos dias, os democratas tentaram atrasar o processo, argumentando que o vencedor da eleição de 3 de novembro deveria escolher o indicado para preencher a vaga deixada por Ginsburg. Não conseguiram.
Já os republicanos estão animados com a nomeação da terceira juíza escolhida por Trump na Corte, conseguindo uma maioria conservadora de 6 a 3 pelos próximos anos. A chegada de Barrett abre a possibilidade de uma nova era de decisões sobre aborto, casamento homossexual, e o Affordable Care Act (projeto de saúde aprovado durante o governo de Barack Obama).
Católica e de perfil conservador, Barrett será a juíza mais jovem da Suprema Corte, aos 48 anos — ao contrário do Brasil, o cargo na Corte máxima americana é vitalício a não ser que os juízes voluntariamente decidam renunciar.
Ela nasceu em New Orleans, no estado da Louisiana, em 1972. Atualmente, é do Tribunal de Apelações do 7º Circuito de Chicago, cargo federal para o qual foi nomeada pelo próprio Trump em 2017.
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