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Sem querer, Irlanda legalizou drogas pesadas temporariamente

As próximas 24 horas na Irlanda prometem ser interessantes: após decisão de corte do país, uma série de substâncias psicoativas foramlegalizadas


	Ecstasy: droga é uma das substâncias psicoativas que acabaram se tornando legais na Irlanda. Expectativa é que liberação caia na quinta-feira
 (Joseph Eid/AFP)

Ecstasy: droga é uma das substâncias psicoativas que acabaram se tornando legais na Irlanda. Expectativa é que liberação caia na quinta-feira (Joseph Eid/AFP)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 17 de março de 2015 às 09h56.

São Paulo – O governo da Irlanda corre contra o tempo para tornar novamente ilegal diversas drogas psicoativas (como ecstasy, ketamina e cogumelos alucinógenos) cujas posses foram acidentalmente liberadas nesta terça-feira.

As informações são do jornal Irish Times e foram confirmadas pelo ministro da Saúde Leo Varadkar. A expectativa é que a legalidade destas substâncias seja derrubada à 0h da próxima quinta-feira.

De acordo com Vadkar, a venda, importação e exportação das substâncias permanecem ilegais. O deslize, contudo, não legaliza outras drogas como a maconha, a cocaína e a heroína.

A confusão aconteceu depois que uma corte considerou inconstitucional as alterações feitas por diferentes governos em uma lei de 1977 que regula o tema. Segundo o jornal The Independent, tal lei foi modificada para a inclusão de novas substâncias, mas as mudanças não foram feitas com a aprovação do parlamento.

A publicação informou que a câmara baixa do país, que inclui o presidente e o Senado, se reunirá nesta noite para aprovar uma lei emergencial e reverter a situação. O problema é que o dispositivo entrará em efeito apenas 24 horas após a sua assinatura. Ou seja, até lá, drogas como ecstasy, ketamina e até mesmo cogumelos alucinógenos estarão legalmente liberadas. 

Semana polêmica

Este não foi o único imbróglio a trazer impactos significativos para a Irlanda nesta semana. Ainda na terça-feira, informou o The Irish Times, o governo editou a versão em irlandês da emenda de uma lei sobre casamento, pois o texto dava a entender que a união entre pessoas de sexos diferentes era inconstitucional. 

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